Clubes mineiros saíram em defesa do jovem atacante Luighi
Jovem Luighi, de 18 anos, foi vítima de racismo durante partida da Libertadores Sub-20 (Reprodução/ Instagram)
Atlético e Cruzeiro se manifestaram em solidariedade ao jovem atacante Luighi, do Palmeiras, que foi vítima de racismo na noite de quinta-feira (6). O jovem de 18 anos sofreu com gestos discriminatórios e violentos da torcida do Cerro Porteño, após a vitória do clube paulista por 3 a 0, em Assunção, no Paraguai, pela Libertadores Sub-20.
Logo após o ocorrido, o Galo se pronunciou nas redes sociais e prestou apoio ao jovem atleta.”Chega de discursos vazios que não são acompanhados de ações efetivas. Os atos racistas precisam ser punidos com rigor e banidos de uma vez por todas”, disse o Alvinegro por nota.
Já a Raposa se manifestou na manhã desta sexta-feira (7) e destacou a coragem de Luighi, por “sua postura diante do ato de racismo sofrido”. “O Cruzeiro é solidário à dor de todos aqueles que sofrem com o racismo e o preconceito e exige providências e punição severa quando tais atos acontecerem no futebol. Racismo é crime e não pode ser tolerado”, completou o clube por nota.
Durante o duelo, um torcedor imitou um macaco na direção do jogador. Luighi ficou revoltado, deixou o campo chorando e desabafou na entrevista pós-jogo ao ser questionado pelo repórter sobre como foi o jogo. Ele também sofreu uma cusparada quando ia para o banco de reservas.
“Não, não. É sério isso? Vocês não vão me perguntar sobre o ato de racismo que ocorreu hoje comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso? Me fala, até quando? O que fizeram comigo é crime, não vai perguntar sobre isso?”, disparou o jovem.
“Vai me perguntar sobre o jogo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? Ou a CBF, sei lá. Você não ia perguntar sobre isso né? Não ia. É um crime o que ocorreu hoje. Isso aqui é formação, estamos aqui para aprender”, completou Luighi.
O Palmeiras criticou o ato, classificado como criminoso, e atacou a impunidade, a exemplo do desabafo feito pelo garoto em entrevista após a partida.
"É inadmissível que, mais uma vez, um clube brasileiro tenha de lamentar um ato criminoso de racismo ocorrido em jogos válidos por competições da Conmebol. (...) Racismo é crime! E a impunidade é cúmplice dos covardes!", disse o clube por nota.
Já a Conmebol rejeitou os atos de racismo sofridos por Luighi. "Medidas disciplinares apropriadas serão implementadas, e outras ações estão sendo avaliadas em consulta com especialistas da área", concluiu a confederação.
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