(Centro Atleticano de Memória)
O time que colocou sua façanha pelos gramados cobertos de neve na Europa no hino atleticano é muito mais que apenas o “Campeão do Gelo”.
Um dos maiores esquadrões da história alvinegra, aquela equipe deu o azar de o futebol no final dos anos 40 e início dos 50 não ter a quantidade competições que é disputada hoje. Se elas existissem, com certeza o Galo de Kafunga, Zé do Monte, Afonso, Lucas Miranda, Ubaldo Miranda, Nívio, entre outros craques, teria levantado algumas taças.
Naqueles tempos, os clubes mineiros tinham como única competição oficial o Estadual. O intercâmbio contra equipes de outros Estados acontecia apenas em amistosos.
O poderio da geração campeã do gelo ficou marcado pelo grande número de títulos do Campeonato Mineiro conquistado pelo Atlético no período.
O clube vivia uma verdadeira fixação pelo tri, que já tinha sido conquistado pelos três maiores rivais, América, Cruzeiro e Villa Nova, mas que insistia em escapar das mãos do time de Lourdes desde 1928.
A geração campeã do gelo deixou escapar o tri em 1951, perdendo a final para o Villa Nova, mas quebrou o jejum alvinegro levantando a taça em 1952, 1953 e 1954, numa sequência encerrada apenas com o penta, em 1956.