( ERWIN OLIVEIRA /FRAMEPHOTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO)
Pelo segundo ano consecutivo, a final do Campeonato Mineiro não terá surpresas. Depois de o Cruzeiro passar pelo Tupi, foi a vez de o Atlético carimbar a vaga na decisão do Estadual 2018. Venceu o América por 2 a 0 neste domingo, no Estádio Independência.
Após um primeiro tempo morno, o Galo resolveu a situação com gols de Fábio Santos, em assistência de Ricardo Oliveira, e Elias, em contra-ataque fatal puxado por Cazares. O Galo podia empatar o jogo que estava classificado, já que venceu a partida de ida por 1 a 0
As finais do Estadual serão disputadas nos dois próximos domingos, primeiro com mando de campo do Galo, provavelmente no Horto. Depois, por ter sido o líder geral da primeira fase, o Cruzeiro joga o confronto decisivo como mandante, no Mineirão.
PRIMEIRO TEMPO MORNO...
O América precisava da vitória para se classificar, o Atlético poderia gastar o tempo que quisesse. Mas a baixa qualidade dos dois times fez o jogo ser em nível inferior no Independência. O Galo tinha Luan como principal arma.
Já o ataque do Coelho não se achava. O Atlético, mesmo superior tecnicamente, não conseguia se impor no campo de ataque. Otero, Cazares e Luan tentavam municiar Ricardo Oliveira, que teve poucas chances claras de gol, e quando teve, atrasou a passada e chutou para fora.
O Galo chegou bem mesmo no começo da partida com Luan, cabeceando no contrapé de Giovanni e quase marcando. Depois, Cazares acertaria a trave de Jordy em bonita cobrança de falta.
Do lado do time mandante, Rafael Moura tentava dar trabalho na marcação de Leonardo Silva. Duelo de titãs no físico, no qual o capitão alvinegro estava melhor. A pontaria alviverde parecia descalibrada. Serginho chutou mascado na entrada da área, nas mãos de Victor, e Aylon isolou quando teve chance.
Mas, num roteiro de novela, novo lance que gerou discussão, ao menos momentânea, de "gol ou não gol" para o Coelho. Rafael Lima cabeceou e Victor tirou na velocidade de reação. O América ameaçou reclamar de gol, mas a bola não entrou. Algo que não impediu o capitão americano de reclamar.
"Os atletas do Atlético pensam que vão ganhar no grito, mas não é assim. Se fosse arbitragem mineira, já estaria 1x0 para o Atlético", disse Rafael Lima.
TROCANDO FUNÇÃO
No segundo tempo, sem modificações dos dois lados, o Coelho começou pressionando, nas bolas paradas. Mas o Atlético logo conseguiria uma boa jogada trabalhada. E de maneira inusitada.
Ricardo Oliveira recebeu na entrada da área do América, no lado esquerdo, após roubada de bola de Luan. Armou o chute, mas cruzou rasteiro, na medida exata para a bola passar por Rafael Lima e Jordy. Fábio Santos, do outro lado da região em que atua, completou para o fundo das redes.
O Coelho não tinha mais alternativas. Enderson lançou o time no ataque, colocando o atacante Marquinhos no lugar do volante David. Mas o time alviverde era pesado para furar a zaga alvinegra. Luan, o ponta-esquerda do Coelho, era totalmente improdutivo.
Tentando acuar o Galo no campo de defesa do adversário, o América cedeu espaços para o contragolpe. E foi mortal. Cazares puxou a corrida no meio de campo. Tinha um marcador pela frente, e três opções de passe. Rolou para Elias anotar o 14º gol dele pelo Galo e decretar a vaga na final.
Minutos depois, já quando parte da torcida decacampeã deixava o Independência, Serginho quase diminuiu ao cabecear na trave. Depois, Marquinhos cruzou rasteiro para Victor defender com pé, e obrigar Léo Silva a espanar. No fim, prevaleceu o favotismo de um time que, na primeira fase, fez campanha pior que o adversário. E Elias ainda perdeu um gol livre, cara a cara com o goleiro, quando as pernas já não respondiam mais como antes nos acréscimos do duelo.
AMÉRICA 0X2 ATLÉTICO
América: Jory; Norberto, Messias, Rafael Lima e Giovanni; David (Marquinhos) e Zé Ricardo; Aylon (Ruy), Serginho (Gérson Magrão) e Luan; Rafael Moura. Técnico: Enderson Moreira
Atlético: Victor; Patric, Leonardo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adilson, Cazares e Elias; Luan (Gustavo Blanco), Otero (Tomás Andrade) e Ricardo Olivera (Erik). Técnico: Thiago Larghi
Gols: Fábio Santos, aos 6'/2ºT e Elias, aos 32'/2ºT
Arbitragem: Bráulio da Silva Machado, auxiliado por Neuza Ines Back e Johnny Barros de Oliveira. Trio de Santa Catarina
Cartões amarelos: Luan e Gérson Magrão (AME); Victor e Gabriel (CAM)
Cartão vermelho: Luan (AME), após o fim da partida
Público: 6.692
Renda: 132.230,00