(Bruno Cantini/Atlético)
O presidente Alexandre Kalil já sentenciou: “Ronaldinho Gaúcho só não renova com o Atlético se não quiser”. Por isso, a massa nem cogita um “até logo”. O contrato de R49 com o Galo termina no próximo mês de dezembro, quando se encerra o Campeonato Brasileiro.
Por enquanto, o craque ainda não comenta sobre a prorrogação do vínculo. Mas o assunto esquenta os bastidores alvinegros na semana do duelo contra o Flamengo, nesta quarta-feira, pela 33ª rodada da Série A.
A favor da permanência de Ronaldinho pesam decisivos fatores. O primeiro deles é o laço de confiança mantido com Cuca. O técnico, amigo da família desde os tempos que atuava ao lado do irmão Assis, no Grêmio, bancou a chegada do jogador no dia 4 de junho.
Na época, o então R10 deixava o Flamengo, desestimulado, pelas portas do fundo após atrasos de salários e acusações de atos de indisciplina.
A recepção e o carinho dos atleticanos também o encantaram. “Em um dos piores anos da minha carreira, essa torcida me carregou. Recuperei o prazer de jogar aqui”, declarou depois da vitória sobre o Fluminense, domingo passado.
Motivação
Se a taça do Brasileiro não vier – a diferença para o líder tricolor é de nove pontos (72 a 63) – a classificação, quase selada, do Galo à Copa Libertadores motiva o craque.
Ganhador de todos as principais competições no futebol europeu, R49 não esconde a vontade de erguer uma importante taça por um clube daqui. O sonho é disputar a Copa do Mundo de 2014.
Para completar, a estrutura do Atlético e os ordenados em dia deram a tranquilidade que o ídolo precisava. É claro que um novo vínculo implicaria num aumento substancial do seu salário.
Estima-se que oficialmente o armador receba R$ 300 mil por mês, 25% do que levava no Flamengo. O Galo tende a lhe oferecer cerca de R$ 1 milhão.
Os motivos para uma despedida prematura são poucos. O irmão Assis revelou que existem equipes interessadas em R49. Além disso, um desentendimento com Kalil chegou a desgastar o relacionamento com o presidente, mas a situação já foi superada.
Às vésperas do duelo frente ao Vasco, em agosto, R49 defendeu os colegas Danilinho e Réver, envolvidos numa briga em Sete Lagoas, e discutiu com o mandatário.
Depois de não cumprir o horário marcado para a concentração, por pouco ele não participou do jogo. O comandante Cuca precisou contornar o episódio.
Leia mais sobre Ronaldinho Gaúcho na http://177.71.188.173/clientes/hojeemdia/assinantes/index.php