(LUCAS PRATES)
“Não devo desculpas à torcida do Atlético. O ano de 2013 foi maravilhoso para nós ”. Essas foram as palavras do presidente Alexandre Kalil logo após a vexatória derrota para o modesto Raja Casablanca (3 a 1), do Marrocos, nesta quarta-feira (18), na semifinal do Mundial de Clubes da Fifa. O mandatário alvinegro lamentou o fiasco em Marrakesh, mas garantiu que a experiência fortalecerá o Galo em 2014, principalmente na disputa da Copa Libertadores. De quebra, anunciou a saída do técnico Cuca, que vai para o futebol chinês. “O Cuca já saiu, pediu a mim para ir embora. Eu não tenho nenhuma participação. Os jogadores do Atlético se reuniram e sabiam que o Cuca tinha saído. Não tenho esse conhecimento de vestiário, mas esse tipo de notícia num Mundial não ajuda em nada. Só que isso não é a culpa pelo nosso resultado”, garante. Kalil destacou que o resultado diante do Raja não pode ser considerado uma tragédia e que todos do grupo desembarcarão em Belo Horizonte mais humildes. “Em fevereiro, começa a Libertadores. Se tinha Pelé, gênio, não temos mais. É todo mundo voltar à estaca zero. A derrota é muito dura. Ela é proporcional à alegria de quando nos candidatamos a vir para cá. E demos o azar de pegar um time embalado em casa. Saímos daqui favoritos ao bi da Copa Libertadores”, acredita. Pergutando se este havia sido o maior golpe à frente da diretoria do Atlético, Kalil fez questão de ressaltar o desempenho do clube na temoporada. Ele também se lembrou dos 6 a 1 sofridos para o Cruzeiro no Brasileiro de 2011. “Aquilo sim foi uma tragédia, o pior momento da minha vida como atleticano. Hoje, não. Entrou um time de 11 caras que sabem jogar bola. Vamos colher o tamanho da tragédia no sábado (decisão do terceiro lugar contra o Guangzhou). Eu normalmente peço desculpas para a torcida do Atlético. Em 2013, não tenho que pedir desculpa nenhuma”. O clima no vestiário alvinegro também foi descrito por Alexandre Kalil. Por fim, o mandatário admitiu a superioridade do Raja. “É uma decepção ficar fora de uma final, mas perdemos para um time que jogou melhor do que o nosso. Teve muito choro no vestiário. Mas trazer um time para o Mundial não é a maior decepção. Mundial acontecesse isso, é um jogo. Aconteceu conosco”, conclui.