Atlético busca aprender lições de 2009 e 2012, quando liderança não rendeu o título

Gláucio Castro - Hoje em Dia
10/07/2015 às 07:34.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:50
 (Bruno Cantini)

(Bruno Cantini)

“Ainda é muito cedo para falar em favoritismo”, faz questão de frisar o técnico Levir Culpi. Afinal, apenas um terço do Campeonato Brasileiro foi disputado. Mas basta uma olhada nos números para o torcedor do Atlético se encher de esperança. Além da liderança isolada e do ataque mais positivo da competição, o Galo tem cinco vitórias consecutivas e o melhor aproveitamento como visitante.

Desde que a Série A por pontos corridos passou a ser disputada com 20 equipes, em 2006, o time que ocupava o topo da tabela na 12ª rodada ergueu o troféu no fim da temporada em cinco oportunidades. Curiosamente, o Atlético vive a situação pela terceira vez no período, mas não conseguiu faturar o título nas chances anteriores.

Para tentar quebrar este tabu e levantar a taça depois de 44 anos, o grupo se reapresentou nesta quinta-feira (9) na Cidade do Galo após a importante vitória por 2 a 1 no confronto direto com o Sport. Embalado, o alvinegro terá agora dois jogos fora de casa: o primeiro neste sábado (11), contra a Ponte Preta, às 21h, no estádio Moisés Lucarelli, e a segunda diante do Corinthians, no mesmo horário do sábado seguinte, na Arena Itaquera.

“Agora são seis pontos que vamos tentar buscar. É um desafio. No ano passado, perdemos muitos pontos fora de casa, e neste ano já melhorou. Temos que ter personalidade para jogar, manter o controle e a vontade para vencer”, avalia o treinador alvinegro.

De fato, a campanha longe de Belo Horizonte é animadora. Se superar a Macaca, a equipe mineira chegará à quarta vitória em seis partidas atuando longe da torcida. No ano passado, foram apenas cinco triunfos como visitante nas 38 rodadas do Brasileirão.

Com tantos aspectos favoráveis, difícil manter os pés no chão. É aí que entra a voz experiente do comandante. “Eu acho muito cedo. Nós temos muitos candidatos a campeão. Os campeonatos europeus são muito polarizados entre dois ou três clubes, porque eles têm a melhor estrutura, a melhor qualidade, o melhor futebol e o melhor tempo de trabalho. Aqui é diferente”, alerta Levir. “Acho que vamos ter uma alternância muito grande, tanto na parte da frente quanto na parte de baixo”, completa o técnico.
 

Reforços

Recuperados de lesão, Marcos Rocha e Luan participaram do primeiro treino coletivo com os reservas do Atlético desde que foram liberados pelo departamento médico. Mas o lateral ainda não deverá ser relacionado para o jogo desse sábado (11), enquanto o meia-atacante provavelmente reforçará o banco contra a Ponte Preta.

A presença mais surpreendente, porém, foi a do centroavante Leonardo, autor de um gol e uma assistência no treino coletivo. Com contrato até dezembro, ele estava tratando de uma lesão desde o início do ano e pode voltar aos planos do clube alvinegro.

Ele será observado para preencher a lacuna como reserva de Lucas Pratto. Recentemente, para aliviar a folha de pagamento, André foi emprestado para o Sport, enquanto Jô foi negociado com o Al Shabab, dos Emirados Árabes.

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