(André Brant)
Craque que é craque gosta mesmo de “aprontar” nos jogos decisivos. Com Ronaldinho Gaúcho, isso não é diferente. O ídolo do Atlético entrou em campo apenas três vezes na temporada, e a Massa, por enquanto, precisou se contentar com alguns “lampejos” de genialidade.
Mas hoje, às 22h, no Independência, o meia promete voltar a encantar. Pela frente, o Galo encara os colombianos do Santa Fe, na partida que vale a liderança do Grupo 4 da Copa Libertadores. As equipes estão empatadas, com três pontos, nessa segunda rodada da chave.
“O Santa Fe é um rival muito forte. Chegou longe no ano passado (semifinal) e manteve a mesma base. Temos que tocar a bola e mostrar a ‘pegada’ que sempre tivemos para conseguir um bom resultado”, avisa R10.
Para ele, o alvinegro está se aproximando do ritmo ideal de jogo. “Todos já conseguem correr os 90 minutos. A partir de agora, acredito que estamos no nosso melhor nível”, avalia Ronaldinho.
No rastro do bi
R10 não esconde que sua grande motivação em 2014 é erguer novamente o troféu da disputa. Se checar a história do torneio sul-americano, o astro se dará conta de uma coincidência que pode animá-lo ainda mais.
Os únicos clubes brasileiros bicampeões da Libertadores em anos seguidos tinham, na camisa 10, as grandes estrelas. Por isso, as torcidas de Santos e São Paulo sempre serão gratas a Pelé e Raí, que comandaram os times nos lendários títulos das edições de 1962/63 e 1992/93, respectivamente.
Na campanha da primeira taça do Peixe, o Rei brilhou com seis gols, sendo dois deles nos 3 a 0 do último duelo contra o Peñarol, em Buenos Aires.
Em 1963, os santistas entraram direto nas semifinais, e Pelé arrebentou os rivais. Foram cinco bolas na rede em quatro embates. Na finalíssima, diante do Boca Juniors, Pelé deixou sua marca no caldeirão de La Bombonera.
Já os são-paulinos consideram Raí o “maestro” da formação de Telê Santana nas trajetórias da Libertadores de 1992 e 1993. “São façanhas que mudaram a vida do São Paulo e de todos os são-paulinos”, chegou a declarar Raí.
O momento mais especial do irmão de Sócrates aconteceu aos 22 minutos do segundo tempo da decisão contra o Newell’s Old Boys, no Morumbi, em 17 de junho de 1992. Raí converteu o pênalti que garantiu a vitória sobre os argentinos, e a briga pelo título na marca da cal. O tricolor levou a melhor e comemorou junto dos 100 mil presentes no estádio.