Atlético deixa vitória escapar no fim, mas mantém liderança na Libertadores

Wallace Graciano - Hoje em Dia
13/03/2014 às 00:07.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:35
 (Norberto Duarte)

(Norberto Duarte)

Foi com um gostinho amargo que o Atlético deixou o gramado do estádio 3 de Febrero, depois do confronto contra o Nacional, do Paraguai, realizado em Ciudad del Este, nesta quarta-feira (13). Após sair em desvantagem, virar o marcador e dominar por completo o restante da partida, o Galo foi castigado com um pênalti duvidoso no final do duelo, que terminou com o placar apontando 2 a 2.    O empate fez com que o Atlético chegasse aos sete pontos conquistados em três jogos. Mas nem tudo é para se lamentar. O Galo permanece invicto no torneio continental e lidera de forma isolada o Grupo 4 da Libertadores.    Os times voltam a se encontrar na próxima quarta-feira (19), no Independência, em duelo que terá início às 19h45. Antes, no próximo domingo (16) o Galo encara o Boa Esporte, no último jogo da primeira fase do Campeonato Mineiro. O duelo também será realizado no Gigante do Horto e começará às 16 horas.    Dois momentos   O Atlético iniciou a partida de forma confusa, sem conseguir encaixar suas jogadas. Facilmente batido pelo time paraguaio, que marcava sob pressão sua saída de bola, o Galo passou os primeiros momentos da partida deixando que o adversário jogasse como queria. Logo aos três minutos, Josué errou na saída de bola e ela ficou com Melgarejo, que avançou rumo à área e chutou forte. Para sorte de Victor, a bola saiu a sua direita.    Cinco minutos depois, o Galo voltou a vacilar na saída de bola. E desta vez Melgarejo não perdoou. Ele soube se posicionar atrás de Dátolo para receber passe açucarado de Bareiro na entrada da área. Com o pé direito, o meia paraguaio chutou rasteiro para vencer Victor e dar números iniciais ao confronto. 1 a 0.   O estranho é que o Galo não reagiu de imediato. Seguiu dando espaços e pecando na saída de bola. Estava afoito. Era preciso a calma para se reencontrar. E ela veio. Aos 21 minutos, Ronaldinho pegou a bola pelo meio e limpou a forte marcação paraguaia, tocando para a direita, onde Josué se apresentava como elemento surpresa. O volante clareou a jogada e tocou na saída de Ignacio Don para igualar o marcador. 1 a 1.   Os paraguaios sentiram o baque. Sem ter qualidade na saída de bola e desesperados com o empate obtido pelo time alvinegro, o Nacional passou a errar passes a todo momento. O Galo, que nada tinha a ver com isso, aproveitou a afobação adversária para virar o marcador. Aos 26 minutos, Dátolo fez belíssima jogada pela esquerda e cruzou rasteiro para a área. Jô, em posição duvidosa, mandou para o barbante. 2 a 1.   Com as rédeas da partida em mãos, o Galo passou a cadenciar o jogo. O Nacional, desesperado, até que tentou ensaiar uma pressão, mas foi pouco efetivo. Ao final do primeiro tempo ficou a impressão que o time paraguaio tem qualidade do meio-campo para a frente, porém, se o Atlético apertasse a defesa, ela entregava...   Castigo no fim   O Atlético era o termômetro da partida. No início da etapa inicial, não se encontrava em campo e deixou o Nacional jogar. Ao se acertar, mais na metade do primeiro tempo, envolveu o time paraguaio por completo e dominou o confronto. Já no segundo período, quando resolveu administrar a vitória, fez do jogo burocrático, sem grandes emoções em boa parte do duelo.    A grande virtude do Galo foi conseguir acertar a marcação em meio ao confronto, o que costuma ser complicado para as equipes que saem atrás no marcador. O setor ofensivo, por sua vez, até que conseguiu criar boas jogadas, mas quase sempre a finalização era precipitada.  Era preciso matar a partida. E como diz aquele ditado, quem não faz...   O desesperado Nacional adotou o “chuveirinho” como esperança, já que não conseguia ultrapassar a defesa atleticana. E aos 42 minutos, a medida surtiu efeito. Otamendi tentou cortar bola alçada na área pela esquerda. A pelota tomou como rumo seu braço, que estava junto ao corpo, mas o árbitro resolveu apontar a marca do cal. Pênalti! Torales não quis nem saber de polêmica e mandou a bola para o barbante para igualar o marcador. 2 a 2 e fim de papo.      FICHA TÉCNICA   NACIONAL 2 X 2 ATLÉTICO   NACIONAL: Ignacio Don, Ramón Coronel, José Cáceres, Fabián Balbuena, David Mendoza; Marcos Melgarejo (Julio Santa Cruz), Marcos Riveros, Derlis Orué (Hugo Luzardi), Silvio Torales; Julián Benítez (Martínez) e Freddy Bareiro. Técnico: Gustavo Morinigo   ATLÉTICO: Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Otamendi, Dátolo (Alex Silva); Pierre, Josué (Leandro Donizete), Diego Tardelli, Ronaldinho (Rosinei); Fernandinho e Jô. Técnico: Paulo Autuori   Gols: Melgarejo (aos 8'), Josué (aos 21'), Jô (aos 26' do 1º tempo); Torales (pênalti) (42' do 2º tempo) Data: 12 de março de 2014 Motivo: Jogo válido pela 3ª rodada do Grupo 4 da Copa Libertadores Estádio: 3 de Febrero Local: Ciudad del Este (PAR) Árbitro: Patricio Loustau (ARG) Auxiliares:  Iván Núñez (ARG) e Ariel Scime (ARG) Cartões amarelos: Ramon Coronel, Melgarejo, José Cáceres e Fabián Balbuena (Nacional); Josué, Otamendi e Leandro Donizete (Atlético)

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