(ALEXANDRE LOUREIRO/INOVAFOTO/ESTADÃO CONTEÚDO)
No palco de muitos tropeços, o Atlético entrou em campo sem medo. Levir Culpi ousou na escalação de apenas um volante porque o time havia saído do G-4 na quarta-feira (8). A estratégia, contudo, esbarrou na boa marcação do Fluminense. O empate em 0 a 0, ontem, não é um resultado a se lamentar, mesmo que o time tenha caído para a sexta colocação.
Assim como foi no último clássico mineiro, o alvinegro decidiu aumentar o número de armadores, sacrificando Leandro Donizete como o único especialista de marcação no meio de campo. Tudo isso para não ser encostado contra a parede. Funcionou, em termos. O Galo não teve a bola, mas o jogo morno o impediu de passar apertos no duelo.
Nas poucas vezes que o Atlético obrigou Diego Cavalieri e companhia a trabalhar, o enfeite da jogada foi o grande pecado. Guilherme, por exemplo, acabou errando uma oportunidade por preferir driblar o marcador ao chute para gol.
Carlos também teve oportunidade. Mas em um choque com o goleiro Diego Cavalieri, no qual Heber Roberto Lopes nada assinalou, o jovem atacante ficou sem a bola. O Atlético abusava da ligação direta. Mas a explicação é simples.
Com Jô na frente, Carlos e Luan pelos lados, Guilherme e Dátolo recebiam a bola perto do meio de campo e tentavam aflorar a visão de jogo que ambos possuem. Mas a zaga carioca estava bem postada na sobra.
Pelo lado tricolor do confronto, a principal jogada foi o escanteio. Com Conca na cobrança, primeiro foi Fred a ter uma boa oportunidade. Mas errou na direção. Cícero também não foi feliz. Mas o volante subiu sozinho e carimbou a trave de Victor. Leandro Donizete salvou o rebote.
Por falar em Fred, o atacante não teve muito espaço, méritos para Jemerson e Edcarlos. Até mesmo Alex Silva, improvisado, fez uma participação sólida no embate.
Quem estreou no time foi o atacante Cesinha, que, pelo visto, brigará por posição com Luan. O ex-bragatino entrou no lugar do xodó da torcida, mas manteve o nível razoável de atuação do companheiro.
Quando o relógio chegou aos 35 minutos da partida, as pernas dos jogadores atleticanos pesaram e o Flu aumentou a pressão. Contudo, Conca, a cabeça pensante do time mandante não tinha espaço para virar o corpo e se posicionar para o passe. Mas o contra-ataque alvinegro era infrutífero.
FICHA TÉCNICA:
FLUMINENSE 0 X 0 ATLÉTICO
CARTÕES AMARELOS: Leandro Donizete e Luan (Atlético)
ARBITRAGEM: Heber Roberto Lopes, auxiliado por Carlos Berkenbrock e Nadine Schram, todos de Santa Catarina
PÚBLICO: 10.320 pagantes
RENDA: R$ 248.565,00
LOCAL: Maracanã
FLUMINENSE: Diego Cavalieri, Bruno, Marlon, Fabrício, Fernando (Chiquinho), Edson (Kennedy), Rafinha, Cícero, Conca, Wagner, Fred
Técnico: Cristóvão Borges
ATLÉTICO: Victor, Marcos Rocha, Jemerson, Edcarlos, Alex Silva, Leandro Donizete, Dátolo, Guilherme, Luan (Cesinha), Carlos, Jô
Técnico: Levir Culpi