Atlético esbarra na boa defesa da Caldense e primeiro jogo da decisão fica no 0 a 0

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
26/04/2015 às 18:04.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:47
 (Flácio Tavares)

(Flácio Tavares)

A festa balançou o Mineirão, as equipes se movimentaram sem parar, mas a única coisa que não mexeu na primeira final do Campeonato Mineiro 2015 foi o placar. Atlético e Caldense irão para Varginha decidir o Estadual, domingo que vem. Já que o Galo não soube usufruir do mando de campo, a vantagem de um novo empate no Estádio Melão consagrará a equipe do interior.

A Veterana foi novamente uma pedra no sapato do Galo. Na primeira fase, venceu a mesma formação que o Atlético usou para encarar o Cruzeiro no empate em 1 a 1 no Mineirão. Na final deste domingo (26), encarou os mesmos atletas alvinegros que venceram o Colo-Colo na Libertadores e fez um jogo de igual para igual. Ou melhor, foi até superior na partida, trabalhando a bola com maior produtividade.

O Atlético parecia ainda aliviado pela classificação heroica no meio de semana contra os chilenos. Já a Caldense jogava a partida de sua vida. No primeiro tempo, a saída de bola atleticana era o grande problema para o técnico Levir Culpi corrigir. Dátolo, encarregado da função, estava sempre bem marcado. O lado esquerdo pouco apareceu, enquanto Luan e Patric ficaram sobrecarregados. Obrigados a subirem sempre ao ataque e, consequentemente, davam espaço para o rápido atacante Zâmbi.

Por falar em Luan, o “maluquinho” derramou a últimas gotas de suor. Visivelmente desgastado com a maratona de jogos, era o ponto de lucidez da equipe, ironicamente. Colocou a bola no chão e, em arrancadas com a bola. Mas quando não era a falta de pontaria do ataque, a bandeirinha do assistente tratava de paralisar as tentativas ofensivas do Galo.
 

Léo Condé, junto com os poucos torcedores da Veterana que conseguiram o ingresso para o jogo, estava satisfeito com o resultado. Mas os jogadores alviverdes não. Levir Culpi, ao contrário, sabia que precisava dar novo ânimo para o Galo. A decisão foi tomada com a saída de Guilherme e a entrada de Thiago Ribeiro. A equipe mandante perdia o “cabeça pensante” para ganhar mais uma atacante de velocidade. Tudo para vencer a Caldense nas laterais e tentar um bom passe para Lucas Pratto.

Mas, na prática, nada disso aconteceu. O Atlético continuou trabalhando a bola sem rumo e a Caldense cozinhou o jogo até o final. Os mais de 54 mil presentes no Mineirão tentarão empurrar o time da asa, em vão. A frustração alvinegra, que resultou em vaias no final da partida, vai se transformar em comemoração ou lamento nos outros 90 minutos da decisão mineira.

ATLÉTICO 0 X 0 CALDENSE

CARTÕES AMARELOS: Guilherme (CAM); Plínio (Caldense)
ARBITRAGEM: Cleisson Veloso Pereira, auxiliado por Márcio Eustáquio Santiago e Guilherme Dias Camilo
PÚBLICO: 53.772 pagantes
RENDA: R$ 2.387.910,00

ATLÉTICO
Victor, Patric, Jemerson, Edcarlos e Douglas Santos; Rafael Carioca e Dátolo; Luan, Guilherme (Thiago Ribeiro) e Carlos (Cárdenas); Lucas Pratto
TÉCNICO: Levir Culpi.

CALDENSE
Rodrigo; Marcelo, Paulão, Plínio e Rafael Estevam; Serginho, Tiago Azulão (Ewerton Maradona), Yuri e Nadson (Tiago Ulisses); Zâmbi e Luiz Eduardo (Cristiano)
TÉCNICO: Léo Condé

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