O Atlético lutou muito, mas não conseguiu o placar necessário para se classificar às quartas de final da Copa do Brasil. Mostrando domínio ofensivo, mas pecando atrás, o Galo somente empatou por 2 a 2 com o Botafogo, na noite desta quarta-feira (28), e deu adeus ao sonho de conquistar mais um troféu inédito neste ano. Ao time alvinegro, resta agora focar suas atenções no Campeonato Brasileiro, competição em que ocupa a 12ª colocação, com 19 pontos. O próximo desafio será contra o Goiás, no próximo sábado (31), às 18h30, no Serra Dourada, em Goiânia. O Botafogo, que luta pela liderança da peleja, pega o São Paulo, no domingo (1º), às 16 horas, no Maracanã. Domínio atleticano A primeira etapa do duelo entre Atlético e Botafogo foi previsível, com um jogo de ataque contra defesa. Porém, as posturas das equipes não deixaram de ser surpreendentes, por pequenas atitudes que fizeram a diferença no embate. De um lado, o Galo, atrás do prejuízo, imprimiu uma forte pressão no adversário, foi nervoso no primeiro terço da partida, mas soube se equilibrar em busca do gol. Do outro, o time da Estrela Solitária veio com uma postura de contra-golpe, mas não conseguiu encaixar sequer uma ofensiva. Nos 15 minutos iniciais, o Galo foi à frente com o ímpeto que tanto o marcou no primeiro semestre. Eram bolas rápidas em diagonais, trocas rápidas de posição e lançamentos em profundidade, que deixavam a zaga carioca confusa. Assim, chegou ao gol de Jefferson em duas oportunidades claras. A primeira, com uma enfiada de bola primorosa de Ronaldinho, que achou Jô livre na marca do cal. O centroavante, porém, “perdeu o pênalti”. Na jogada seguinte, foi a vez de Marcos Rocha levantar bola no miolo da área botafoguense, onde achou o camisa 10 livre. De peixinho, ele completou para o gol, mas Jefferson estava lá para evitar o gol. Como a bola não entrava, o Atlético foi ficando nervoso, mesmo dominando a partida por completo. O árbitro também não ajudava, o que deixava os atletas mineiros revoltados. Assim, várias oportunidades foram desperdiçadas por pura afobação, prometendo um final de primeira etapa sem gols. Mas quando a situação começava a se complicar, veio o gol de esperança. Aos 37 minutos, Fernandinho deixou a marcação na saudade e escapou em velocidade pela esquerda. Chegando à linha de fundo, o rápido atacante cruzou a bola rasteiro, onde encontrou Marcos Rocha vindo pelo outro lado. Livre, o lateral só teve o trabalho de completar para o barbante. 1 a 0. E o Galo descia para o vestiário com a esperança renovada. Descuidos que custaram caro Demorou 45 minutos, mas o Botafogo acordou para a partida. Se a primeira etapa foi somente de um, o período final mostrou o time da Estrela Solitária mais presente no campo ofensivo. E quando chegava era perigoso. Às vezes fatal. Como aos cinco minutos, quando a defesa atleticana vacilou e não deu combate ao lateral Julio Cesar, que escapava pela esquerda. Atento, o ala viu Alex entrando livre no miolo da área e cruzou para o meia, que errou o chute, mas a bola caiu nos pés de Rafael Marques, que não perdoou. 1 a 1. O gol carioca deixou a partida pegando chamas. Ao Galo, era tudo ou nada. Por isso, o Atlético passou a atacar ainda com mais “gana” e, aos 11 minutos, foi premiado. Tardelli recebeu bola recuperada pelo meio, avançou em velocidade, deu um “drible da vaca” na zaga e cruzou rasteiro. Fernandinho, que ganhou na corrida de Edílson, mandou para dentro da caixinha, fazendo o Independência tremer. 2 a 1.
Fernandinho fez o segundo gol atleticano (Foto: Washington Alves/VIPCOMM) O Galo precisava de um gol para seguir adiante. Tinha força ofensiva para fazê-lo. O problema era lá atrás. E logo aos 16 minutos, o Botafogo diminuiu o ímpeto atleticano. Seedorf bateu falta da intermediária e a bola ficou “viva” na área atleticana. A zaga não afastou e o defensor botafoguense Dória, que curtia uma de atacante, chutou cruzado para empatar a partida. 2 a 2. O tento de igualdade afetou diretamente as ambições atleticanas. A “vantagem” dos gols marcados foi anulada. Para se classificar, o Atlético precisaria marcar três vezes. Se fizesse dois, o jogo iria para os pênaltis. Sem muito o que fazer, Cuca abriu completamente a equipe, colocando Guilherme, Neto Berola e Michel em campo. A mudança, entretanto, não surtiu muito efeito, já que o Galo avançava de forma descontrolada à meta de Jefferson, já que atuava mais com o coração do que com a técnica. Ao menos ficou o consolo de uma boa atuação do Atlético, que foi eliminado por um Botafogo, mas empolgou sua torcida pela entrega durante dos 90 minutos. FICHA TÉCNICA ATLÉTICO 2 X 2 BOTAFOGO ATLÉTICO: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver e Junior Cesar (Guilherme); Pierre, Luan (Michel) e Ronaldinho Gaúcho; Fernandinho (Neto Berola), Diego Tardelli e Jô. Técnico: Cuca BOTAFOGO: Jefferson; Edílson, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Gabriel, Lucas Zen, Seedorf (Renato), Lodeiro e Alex (Henrique); Rafael Marques. Técnico: Oswaldo de Oliveira. Gols: Marcos Rocha (aos 37' do 1º tempo); Rafael Marques (aos 5'), Fernandinho (aos 11'), Dória (aos 16' do 2º tempo) Motivo: Jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil Data: 28 de agosto de 2013 Local: Estádio Independência Cidade: Belo Horizonte Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO) Assistentes: Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Fabio Pereira (TO) Cartões amarelos: Edílson, Jefferson, Lodeiro, Alex e Bolívar (Botafogo) Jô, Henrique e Fernandinho (Atlético)