Atlético precisa ganhar do Coritiba para buscar uma vaga no G-4 do Brasileirão

O Atlético vai ter que provar, a partir deste domingo, que vai conseguir se reerguer, depois da traumática eliminação nos pênaltis para o Palmeiras, na Libertadores. O foco único agora é o Brasileirão, mais precisamente, o G-4, grupo dos quatro times mais bem colocados e que têm direito à vaga direta na fase de grupos da Taça Libertadores de 2023. O Galo tem 32 pontos, é o 7° colocado, e está a 5 pontos do Athletico-PR, que é o 4º colocado.

Como não restam outras competições, o Atlético terá que apostar tudo no Brasileirão e o técnico Cuca não deve poupar ninguém. A única dúvida é se Guilherme Arana terá condições de jogo. Ele foi diagnosticado com uma lesão na coxa esquerda e chegou a desfalcar o Galo em dois jogos, mas entrou como titular contra o Palmeiras e depois foi substituído por Rubens.

Certo é que o treinador não poderá contar o volante Otávio, que rompeu o ligamento do tendão da coxa esquerda e não tem previsão de quando poderá retornar. A partida contra o Coritiba será às 11 horas da manhã, no estádio Couto Pereira. No primeiro turno, ainda sob o comando de Turco Mohamed, o Galo chegou a abrir 2 x 0 no primeiro tempo, no estádio Independência, e viu o time coxa-branca empatar no segundo tempo.

Era a terceira rodada e o Atlético liderava o Brasileirão com 7 pontos. Essa partida foi a primeira de uma série de três jogos sem vitórias. Em seguida, empatou com o Goiás por 2 x 2 e perdeu para o América por 2 x 1. O novo confronto contra o Coritiba pode interromper uma sequência ruim. A última vitória do Atlético foi contra o Botafogo, no dia 17 de julho, 1 x 0 no Engenhão. De lá pra cá, empate em 1 x 1 com o Cuiabá, e derrotas para  Corinthians (1 x 2 ), Inter (0 x 3) e Athletico-PR (2 x 3).

Rodrigo Caetano

O diretor de futebol do Atlético deu uma longa entrevista, nesta sexta-feira (12), onde lamentou a saída do time da Copa do Brasil e da Libertadores, mas garantiu que o ano não está perdido, embora o foco de agora esteja na criação de um "bom horizonte para 2023". "Não é um fracasso total. Cabe a nós buscar uma melhora de rendimento. Nós não vamos passar em branco o ano. Nosso objetivo primeiro agora é recuperar o rendimento no Campeonato Brasileiro. Entendo muito o torcedor. Isso tem que ficar muito claro, nossa tristeza e indignação. A questão da mobilização é nossa obrigação fazer", disse o dirigente.

Caetano confirmou que o compromisso de Cuca com o Atlético é só até o fim do ano, mas não descartou a possibilidade de o treinador continuar no clube. "Ele vem realmente com um prazo determinado, diferente do ano passado, em que o prazo era até o fim desse ano, mas por problemas pessoais ele precisou nos deixar. O que está acordado é isso, mas penso eu que não invalida uma conversa de permanência, caso seja o desejo de todos. Isso vai ter o momento para falarmos. Caso ele não queira, obviamente que trabalharemos um pouco antes do que foi ano passado. Como eu disse, não era nossa intenção que ele saísse, como agora certamente a intenção é que ele permaneça. Vamos ter essa conversa futuramente para abrir o horizonte para 2023".

Rodrigo Caetano explicou a escolha pelo técnico "El Turco Mohamed" no começo do ano. O dirigente, que por vezes defendeu o argentino, reconheceu a necessidade da troca e o não cumprimento das expectativas. "Nós não esperávamos pela saída do Cuca. Não deu possibilidade, nem tempo, para quem sabe ampliar o número de opções. Nós fizemos uma busca por sete homens, alguns deles não aceitaram as condições do Galo, outros fizeram imposições que nós não podíamos aceitar. E a escolha do Turco se deu muito por conta disso. E pelo que acreditávamos ser um modelo de jogo semelhante ao do Cuca".

O diretor confirmou ainda que o atacante Vargas foi multado pela expulsão contra o Palmeiras e pediu desculpas pela atitude. 

Leia mais

Otávio tem ruptura do tendão da coxa detectada e desfalcará o Atlético nas próximas semanas