Atlético segura Colo-Colo no Chile e se mantém no topo do Grupo 5

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
10/03/2016 às 23:45.
Atualizado em 16/11/2021 às 01:45
 (AFP)

(AFP)

O Atlético voltará do Chile com a sensação de vitória. Afinal, conseguiu segurar uma grande pressão do Colo-Colo e segue líder do grupo 5 da Libertadores. No empate sem gols no Estádio Monumental, na noite desta quinta-feira (10), o Galo apenas assistiu ao adversário no segundo tempo, após uma boa etapa inicial, e se sentiu aliviado por ter somado ponto no jogo mais complicado da chave.

Sem Robinho, que foi cortado pelos médicos após dois dias de febre, Diego Aguirre montou uma equipe mais compacta com Patric nas pontas. Depois, tentou abrir o time, mas teve o azar da lesão de Dátolo no segundo tempo. Um resultado de bom tamanho, diante da grande pressão apache.

Na quarta-feira que vem, no Independência, o Atlético receberá o Colo-Colo para tentar colocar um pé nas oitavas de final. Neste compromisso, duas baixas: Dátolo, com lesão na coxa, e o volante Leandro Donizete, suspenso pelo terceiro cartão amarelo em três jogos.

Marcação cerrada
Disposto a reforçar a marcação pelas laterais, o técnico Diego Aguirre contou com uma equipe bastante aplicada defensivamente no primeiro tempo. Tanto que o Colo-Colo quase não chegou ao gol atleticano com grande perigo. Salvo um rebote de Victor em chute de longa distância e uma cabeçada de Paredes no meio do gol, a zaga alvinegra teve atuação praticamente impecável.

No ataque, entretanto, o Galo ficou devendo. Lucas Pratto, isolado, brigou com a bola na etapa inicial. Patric se preocupou com a subida do capitão cacique Gonzalo Fierro. Luan, que faz parte da transição do meio de campo para o ataque, se saiu bem, com roubadas de bola. Mas faltou encurtar os espaços com tabelas, passes curtos. Trabalho que pesou nos ombros de Juanito Cazares, bastante discreto nos primeiros 45 minutos.

Do lado da casa, a pressão da torcida era grande, mas havia uma barreira atleticana erguida. A habilidade de Tonso pelo lado direito encontrou um Douglas Santos correto na marcação. Já a armação até teve espaço nas costas de Leandro Donizete, mas nada suficientemente concreto para se criar chances limpas de gol.

Azar e pressão
Diego Aguirre não estava contente somente em jogar bem sem a bola. Fez logo duas substuituições. Dátolo e Hyuri entraram no lugar de Cazares e Patric. Em poucos minutos, o argentino provou que deveria ter entrado de titular. Bons lances, cobrança de falta perigosa. Mas uma lesão na coxa impediu que ele completasse o jogo.

Sem opções efetivas para o seu lugar, Aguirre mudou o esquema tático com a entrada de Junior Urso. A marcação alvinegra havia caído no retorno do intervalo e não subiu com a chegada de mais um volante. O Colo-Colo aumentou o volume de jogo e, por pouco, não abriu o placar quando as laterais do Galo começaram a dar sinais de fraqueza defensiva.

A partir dos 30 minutos, ficou definido que um time só atacaria, enquanto o outro tentaria aguentar a pressão. Todo de branco, o Galo quase pediu paz para o bombardeio apache. A pressão do Colo-Colo obrigava o Atlético a rifar bolas e, na tentativa de sair jogando, errar passes bobos. Luan quase virou vilão ao falhar na saída, mas a sorte permanecia do lado mineiro.

Em outro erro drástico, Erazo antecipou mal, Leonardo Silva piorou ainda mais e uma bela jogada individual de Tonso, a melhor oportunidade da partida foi parar nas nuvens. O meia saiu na cara de Victor e a canhota calculou mal a força do chute. Um alívio para o Galo, que implorava pelo término da partida. O pedido foi atendido e o sabor de vitória no empate sem gols aconteceu.


COLO-COLO 0 X 0 ATLÉTICO

Colo-Colo: Villar, Fierro, Baeza, Barroso e Beausejour; Araya e Pavez; Tonso, Delgado (Rodríguez) e Valdes; Paredes (Javier Reina).
TÉCNICO: José Luis Sierra

Atlético: Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Erazo e Douglas Santos; Leandro Donizete e Rafael Carioca; Luan, Cazares (Dátolo, Junior Urso) e Patric (Hyuri); Lucas Pratto. TÉCNICO: Diego Aguirre

Cartões amarelos: Valdés e Beausejour (COL); Rafael Carioca, Leandro Donizete e Leonardo Silva.
Arbitragem: Gery Vargas, auxiliado por Juan Montaño e Wilson Arellano, todos da Bolívia.

 



 

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