(Cristiano Machado)
A tarefa de “espionar” o Atlético para o Mundial de Clubes da Fifa não poderia ter sido delegada a outra pessoa. O currículo do brasileiro Élber Giovane de Souza preenche todos os requisitos determinados pelo Bayern de Munique.
O ex-atacante, de 41 anos, tornou-se ídolo do clube alemão nas seis temporadas em que vestiu a camisa bávara. Além disso, encerrou a carreira justamente no Cruzeiro, arquirrival do Galo, em 2006.
Por tudo isso, as malas de Élber estão prontas. A partir de 13 de dezembro, seu destino será o Marrocos. “Acabei de receber uma ligação da direção do Bayern solicitando a minha presença na delegação. Vou passar informações e dicas sobre o Atlético aos jogadores e comissão técnica”, revela, em entrevista ao Hoje Em Dia.
Desde que aposentou as chuteiras, Élber mantém uma relação próxima com o atual vencedor da Liga dos Campeões. A função de olheiro no Brasil é um dos “favores” que presta à equipe. Inteirado do cotidiano do clube, ele avisa que o Bayern está muito empolgado em disputar o Mundial.
“A comissão técnica e os atletas já falam em pegar o Atlético na decisão. O pessoal quer ganhar este título. Ao contrário de alguns times europeus, que não dão tanta importância ao torneio, o Bayern de Munique promete ir com tudo na briga pela taça”, revela.
Peso do lado azul
Élber não esconde que a torcida contra o Galo terá motivação dupla. O lado azul também contará no Marrocos. Afinal, a Raposa foi o único grande time que o atacante defendeu no país Natal.
Os melhores momentos da carreira, no entanto, aconteceram na Europa, onde conquistou a Champions, justamente pelo Bayern, em 2001, e chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira.
Mas, se serve de esperança à massa alvinegra, ele garante que, apesar da dificuldade, o Galo tem condições de derrotar os bávaros.
“É complicado bater o Bayern, mas nada é impossível. Quando o Milan estava no auge, em 1993, o São Paulo foi ao Japão e derrubou os italianos na Copa Intercontinental. O Galo não pode ser subestimado”, crava.
Mesmo a serviço dos comandados de Pep Guardiola, Élber trata de dar uma força a Cuca e revelar o ponto fraco dos alemães. “A zaga ainda comete algumas falhas. Às vezes, é lenta”, analisa.