(André Brant)
Levir Culpi já gastou muita tinta de caneta em sua prancheta. Desde que chegou ao Atlético, no fim de abril, o treinador precisou montar 32 times diferentes em 36 jogos. E neste sábado (25), contra o Sport, no Independência, às 18h30, a “coleção” vai ganhar mais uma escalação inédita.
Com quatro novos desfalques, o técnico será obrigado não apenas a utilizar reservas, mas também improvisar atletas fora de suas funções de origem. A bola da vez é Marcos Rocha, que deve atuar no meio de campo e dar lugar a Alex Silva na lateral direita. Além disso, o recém-contratado atacante Cesinha tem grandes chances de jogar como titular no setor de criação.
“Conversei com o Marcos. Pode acontecer, sim, mas não está confirmado. Estamos em um momento em que a gente dorme sem a formação. Há uma possibilidade da utilização dele”, afirmou o treinador.
Os atacantes Luan e Diego Tardelli estão suspensos, enquanto Guilherme segue entregue ao Departamento Médico. E tudo indica que haverá novidade também na zaga: como Edcarlos levou o terceiro cartão amarelo e Leonardo Silva ainda não está plenamente recuperado de lesão, o novato Tiago deve estrear na defesa ao lado de Jemerson.
Sequência
Até agora, apenas quatro escalações foram utilizadas mais de uma vez por Levir. A dificuldade em dar sequência ao time é tão grande que o treinador nunca conseguiu usar os mesmos 11 titulares três ou mais vezes.
Mas o técnico não é de reclamar. Pelo contrário, vem obtendo bons resultados mesmo remontando a equipe a cada rodada. Tanto é que o meia Maicosuel, outro a “herdar” uma vaga no time, lembrou da experiência do treinador em superar obstáculos. “Ele lançou um livro, não? ‘Um Burro Com Sorte’. É ele quem fala (risos). Acho que ele faz bem a leitura do jogo. É um cara rodado, vivido. O que ele pensa e faz vem dando certo”, afirmou.
Variações
Quando chegou ao Atlético, Levir conseguiu escalar o mesmo time contra Grêmio e Nacional. Contudo, posteriormente, perdeu Ronaldinho e Fernandinho no elenco.
Depois, os problemas foram as lesões em série e as dúvidas na lateral-esquerda, com chances para Emerson Conceição e Pedro Botelho antes de o jovem Douglas Santos se firmar na posição.
No ataque, André e Jô também se alternaram até que ambos foram sacados do time, quando Levir optou por jogar sem centroavante fixo e com apenas um volante.
De volta ao grupo, Jô evita comparação com Adriano
Quando o atacante Jô “sumiu” da Cidade do Galo, o pai do jogador, Dario Silva, declarou ter medo de ver a carreira profissional do filho “entrar em parafuso” e chegou a compará-lo a Adriano, desempregado desde abril. Contudo, o camisa 7 alvinegro garantiu que não seguirá os passos do Imperador.
“Pai sempre se preocupa. Ele se assustou e achou que eu iria largar o futebol, ficou preocupado. Mas não dá para comparar, o Adriano tem a carreira dele e eu tenho a minha”, disse. Nessa sexta-feira (24), Jô treinou separadamente, aprimorando finalizações.
Apesar de ter dito que o sumiço lhe causou vontade de “cortar o pescoço” do atacante, o técnico Levir Culpi se mostrou disposto a dar uma nova chance ao camisa 7, que não foi relacionado para o duelo com o Sport.