Uma edificação de 278 mil m² e 32 m de altura, com capacidade para 78 mil pessoas, reerguida pelas mãos de 6,5 mil operários e que custou mais de R$ 1 bilhão. Os números refletem a dimensão do maior palco do futebol brasileiro. No entanto, não são estes que assustam o Atlético quando se trata do Maracanã.
Na semana da comemoração dos 65 anos de fundação, o estádio volta a receber o time mineiro diante do Flamengo, neste sábado (20), pelo Brasileirão. E o Galo precisará driblar o mau retrospecto para conquistar a primeira vitória desde que a arena foi reinaugurada, em junho de 2013.
Desde 1950, a equipe alvinegra já atuou 88 vezes no Maracanã. E obteve menos de 30% de aproveitamento dos pontos, acumulando 46 derrotas no cartão-posta do Rio de Janeiro – destas, 19 foram justamente para o Rubro-Negro.
Além disso, os jogadores alvinegros desejam também quebrar um tabu incômodo. Desde que foi reformado, o principal palco da Copa do Mundo de 2014 virou um pesadelo para o Galo: foram quatro derrotas, dois empates e nenhuma vitória no “Novo Maraca”.
Sem pressão
A solução para conquistar uma vitória pode ser simples: encarregar alguém que jamais pisou no estádio para fazer os gols. No caso do time atleticano, o argentino Lucas Pratto.
De La Plata (Argentina) a Oslo (Noruega), o centroavante já carrega uma boa bagagem na carreira. Mas fará a estreia particular no “Maior do Mundo” sem nenhuma pressão em mente, pensando apenas na reabilitação do Galo após dois tropeços na competição.
“A expectativa é apenas de jogar contra o Flamengo. O estádio tem muita história, mas estou pensando em vencer o jogo e, não, na dimensão do estádio ou nada disso (histórico ruim)”, garante o camisa 9, que marcou só um gol em sete partidas no Campeonato Brasileiro até agora.
Memórias
Fora de Minas, o Maracanã pode ser considerado o estádio mais importante na história do Atlético. Foi lá que Dadá Maravilha venceu a gravidade e marcou o gol o título do Brasileirão 1971, diante do Botafogo.
Mas as lágrimas de alegria se transformariam em raiva nove anos mais tarde: diante do Flamengo, derrota por 3 a 2 na final da competição em 1980.
Além disso, foi uma vitória no Maracanã que aliviou um pouco o sofrimento da Massa alvinegra, justamente no ano do centenário do clube: triunfo por 3 a 0 contra o Mengão, em 2008, calando 77.387 pagantes – coincidentemente, também em um sábado.