Com Victor, dez mãos atleticanas na Seleção Brasileira

Alexandre Simões - Hoje em Dia
18/11/2013 às 09:42.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:12
 (Mowa Press)

(Mowa Press)

As defesas memoráveis na campanha da Copa Libertadores da América, principalmente de pênaltis, e os dois títulos oficiais em uma temporada como titular, algo inédito, já eram suficientes para colocar Victor na história do Atlético. Mas ele segue acumulando marcas. E, ao participar da goleada de 5 a 0 sobre Honduras, em partida disputada na noite de sábado, em Miami, nos Estados Unidos, ele se tornou o quinto goleiro atleticano a defender a Seleção Brasileira Principal.

Essa história começou há mais de meio século, com Marcial se tornando o primeiro goleiro de um clube mineiro a jogar pela Seleção. Para a disputa da Copa América de 1963, na Bolívia, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) optou por usar a base da Seleção Mineira, que tinha sido campeã nacional em 30 de janeiro daquele ano, vencendo o Rio de Janeiro na decisão.

E o goleiro era Marcial, na época com apenas 21 anos e que foi convocado como jogador do Atlético. Quando voltou da Bolívia, ele tinha sido negociado com o Flamengo, mas oficialmente, disputou cinco partidas como jogador do Galo.

Mussula

No histórico jogo de 19 de dezembro de 1968, quando o Atlético vestiu o uniforme do Brasil e venceu a Iugoslávia por 3 a 2, de virada, em amistoso disputado no Mineirão, coube a Mussula a missão de defender a meta da Seleção.

Essa partida contra os iugoslavos carrega uma marca. O Atlético foi o segundo clube brasileiro a representar a Seleção. O primeiro foi o Palmeiras, também no Mineirão, em 7 de setembro de 1965, numa goleada de 3 a 0 sobre o Uruguai.

João Leite foi o terceiro alvinegro a defender o gol canarinho. Convocado por Telê Santana, seu grande momento foi a titularidade na disputa do Mundialito, em 1981, no Uruguai. O Brasil chegou à decisão, contra os donos da casa, e perdeu a partida por 2 a 1.

Recordista

O goleiro atleticano recordista de jogos com a camisa da Seleção é Taffarel. Contratado pelo Galo seis meses depois de ser tetracampeão mundial nos Estados Unidos, ele participou de 35 jogos oficiais do Brasil entre 1995 e 1998.
Entre eles estão as sete partidas na Copa do Mundo da França, que disputou como jogador do Atlético, pois só depois da competição é que ele se transferiu para o Galatasaray, da Turquia.

Agora, Victor entra nessa história. E num momento decisivo. Luiz Felipe Scolari parece não ter definido ainda quem será seu terceiro goleiro na Copa do Mundo do ano que vem, já que as vagas de Julio Cesar, do Queens Park Rangers, da Inglaterra, e de Jefferson, do Botafogo, estão asseguradas.

Diego Cavalieri, do Fluminense, largou na frente, pois fez parte do grupo na Copa das Confederações. Mas ele vive um momento ruim. Já Victor manteve a média das atuações após a conquista da Libertadores. Para alegria dos atleticanos, seu goleiro sabe que um grande Mundial de Clubes, mês que vem, no Marrocos, pode significar a vaga na Seleção.

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