Comandantes do ataque são trunfos de Galo e São Paulo no confronto dessa quarta-feira

Quando Atlético e São Paulo entrarem em campo nesta quarta-feira (29), às 22h, no Mineirão, o duelo entre o líder e o quinto colocado do Campeonato Brasileiro irá além da briga pelo topo da tabela. Em campo, no ataque de ambas as equipes, dois atacantes travarão um embate particular: o avesso à exposição Lucas Pratto, pelo Galo, e o badalado Alexandre Pato, do clube paulista.

Com números expressivos em 2015, os dois atacantes vivem ótimos momentos e são a esperança de gols de alvinegros e tricolores. Para o atacante do São Paulo, a partida em Belo Horizonte será uma “final” e um divisor de águas para o clube.

“Estou ansioso para jogar contra o Atlético, porque podemos entrar no G-4. Se vencermos, ganhamos confiança para até quem sabe ganhar o título”, avalia o jogador.

E é pensando nesta empolgação do adversário que o melhor jogador do futebol argentino no ano passado pede atenção aos defensores do Atlético com o atacante são-paulino. Pratto ressalta que tudo depende do próprio Galo.

“Temos que manter a posse de bola e o controle do jogo e não deixá-lo (Pato) ter liberdade para jogar”, pondera o Urso, apelido dado pelos torcedores do Vélez Sarsfield (da Argentina) ao atacante atleticano.

Longe da badalação

Ao contrário do adversário, que sempre é visto em revistas e sites de personalidades, fora de campo o argentino fica longe de holofotes e aproveita o tempo livre para descansar em casa. Hoje, inclusive, tem a filha Pia, de 5 anos, por perto. A garota mora com a mãe, na Argentina, e está no Brasil fazendo uma visita ao pai coruja.

As duas boas temporadas não empolgam o jogador do Atlético quando o assunto é convocação para a seleção da Argentina. Ao contrário de Alexandre Pato, que figurou diversas vezes nas listas de convocados do Brasil, Pratto nunca vestiu a camisa celeste de seu país. “A seleção (argentina) tem o melhor ataque do mundo e sei que é difícil ter uma oportunidade”, diz o Urso.

Pratto custou R$ 13 milhões aos cofres do clube mineiro, R$ 27 milhões a menos que o atacante adversário custou aos cofres do Corinthians, em 2013, antes de ser emprestado ao Tricolor.
 

Meta é se impor no Mineirão para seguir firme na liderança

Considerado uma decisão, o jogo desta quarta-feira ganhou um tempero especial após declaração de Alexandre Pato. Para o vice-artilheiro do Brasileiro, com quatro gols, o São Paulo pode ser beneficiado por não jogar no Independência. “No Horto é mais complicado de jogar. O Mineirão é mais neutro”, opinou.

Questionado sobre a declaração, o lateral-direito atleticano Marcos Rocha riu, pensou no que dizer e deixou um recado ao adversário. Segundo ele, a resposta será dada em campo. “É neutro para ele. Para nós é a nossa casa”, disse.

O técnico Levir Culpi faz mistério e não confirmou se Cárdenas ganhou a vaga do argentino Dátolo entre os titulares. No treino de segunda-feira, ele optou pelo colombiano, mas pode ter sido um blefe para confundir Carlos Osorio, treinador do clube paulista.

Será a última batalha dos mineiros antes do descanso prolongado que Levir Culpi dará ao grupo de jogadores, independentemente do resultado da partida. Como o próximo duelo do Galo será no dia 9 de agosto, com o Goiás, os atletas só voltarão aos treinos na próxima segunda-feira.

Para Marcos Rocha, será um descanso merecido. “Vamos ter uma semana para trabalhar. A folga vai ser boa para descansarmos a musculatura. Depois, a sequência será pesada. A maratona vai ser grande”, ressalta.

Luan segue fora

Fora de combate desde a derrota por 1 a 0 para o Corinthians, o atacante Luan segue no departamento médico.

Com um edema no joelho direito, o Maluquinho deverá retornar às atividades em campo apenas na semana que vem. A expectativa é a de que ele esteja entre os relacionados para a partida contra o Goiás.