Confiante, Kalil aposta no elenco do Atlético e conta com apoio de Marin

MARRAKESH - Duas figuras, devidamente acomodadas nos primeiros assentos do ônibus que trouxe a delegação do Atlético ao Grande Estádio de Marrakesh, atraíram os olhares antes do treinamento desta terça-feira (17) do Atlético. Logo desceram o presidente do Galo, Alexandre Kalil, acompanhado do mandatário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin.

Juntos, não desgrudaram os olhos da última atividade do clube mineiro, às vésperas do duelo frente ao Raja Casablanca nesta quarta-feira, pela semifinal do Mundial de Clubes da Fifa. Kalil admitiu a dificuldade do torneio, mas demonstrou confiança no Galo.

“Viajamos muito longe, mas a sensação é de que tudo foi feito, está tudo certinho. Em campo, temos uma equipe experimentada, que ganhou uma competição dura. Isso tudo faz com que a gente tenha a possibilidade de sair daqui com um grande resultado”, afirma.

O presidente alvinegro também lembrou da atmosfera “amena” em Marrocos. “Muito diverso de tudo que enfrentamos na Libertadores. O time é tarimbado, rodado, isso pode nos ajudar muito”, completa.

Kalil reforçou que os salários do grupo estão em dia, mas que o dinheiro de Bernard, cerca de R$ 54 milhões, segue retido pela Receita Federal. “Ainda não foi nada liberado do Bernard. Conseguimos fazer uma operação, resolvemos os problemas de salário e direito de imagem. Em janeiro não vou viajar, ficarei seis dias fora e vamos resolver isso”, revelou.

Por sua vez, o presidente da CBF, José Maria Marin, tratou de passar força aos atleticanos. Ele almoçou no hotel do Atlético. O dirigente, inclusive, lembrou que o técnico da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari, ainda não fechou o seu elenco que vestirá a amarelinha na Copa de 2014.

“O presidente Marin conversou com o pessoal, disse que a seleção não está fechada. Para nós, foi importante este bate-papo”, diz o técnico Cuca.

Marin também falou sobre o julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que rebaixou a Portuguesa e livrou o Fluminense do descenso do Campeonato Brasileiro, após a escalação de um atleta irregular por parte da Lusa.

“A CBF não pode, de maneira nenhuma, interferir. Aprendi que decisão de tribunal não se discute, se cumpre. Temos de respeitar, seja qual for a decisão. Mas tanto como presidente como me colocando na posição do torcedor, posso dizer que a decisão que todos esperam é a do campo”, garante Marin.