Cuca pode coroar carreira vitoriosa com o título do Mundial, em Marrakesh

A madrugada de 25 de julho de 2013 sempre ficará registrada na memória de Cuca. Sentado à beira do gramado do Mineirão, vestindo uma camisa com a imagem de Nossa Senhora e apegado ao terço, estava ali o treinador do Galo, atento às cobranças de penalidades de seus comandados contra o Olimpia. E mal ele pôde acreditar quando viu Martin Giménez explodir a bola na trave. Acabava ali a fama de técnico azarado e injustiçado. Era o ápice da carreira de Cuca.   Conquistar o mundo agora é o grande desafio desse paranaense de 50 anos. A missão começa no dia 18, quando o Atlético encara o vencedor do duelo entre Raja Casablanca e Monterrey, que se enfrentam às 17h30 (de Brasília) de hoje, em Agadir, sob os olhares atentos do treinador.   “Agora só faltam duas e, se Deus quiser, passando na quarta-feira vai faltar só uma. É o que queremos, nosso ápice será o título mundial”, ressalta o treinador. Chegar ao topo, no entanto, não foi fácil. Foram muitas cobranças nesses dois e meio no comando do Atlético.   Durante várias oportunidades, Cuca balançou no cargo. “Foi na dor, não foi no amor que surgiu. Lembro que a gente tinha uma chance grande de cair (no Brasileirão de 2011), escapamos vencendo partidas memoráveis e tomamos de 6 a 1 do Cruzeiro. O mundo acabou, reiniciamos o ano sendo cobrados, faixas viradas e torcida de costas. Foi doído, não é fácil aguentar”, diz.   SELEÇÃO   A reviravolta na carreira já coloca Cuca como um dos principais candidatos à sucessão de Luiz Felipe Scolari na Seleção Brasileira, após a Copa. Amigos de longa data, Felipão e Cuca mantêm contato constantemente. Desde a volta de Scolari à Seleção, o Atlético virou a primeira opção para solucionar problemas nas convocações.   Na lista de Felipão já passaram o goleiro Victor, o lateral Marcos Rocha, o zagueiro Réver, o meia Ronaldinho Gaúcho e os atacantes Jô e Bernard, hoje no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.