Diego Aguirre explica substituição de Cazares e revela trabalho para evitar euforia

A torcida do Atlético foi em peso ao Independência para a primeira partida do clube, em casa, pela Libertadores 2016. O clima era mesmo de muita empolgação. Afinal, lá estaria Robinho, pela primeira vez atuando com a nova camisa. O que os torcedore não esperavam é que o atacante fosse entrar no lugar de Cazares, outro estreante.

A substituição gerou críticas a Diego Aguirre, e alguns torcedores até puxaram gritos de "burro". O uruguaio, entretanto, explicou porque sacou o armador equatoriano e ainda disse que é preciso conter a animação exagerada.

"Robinho, a ideia era que ele entrasse no segundo tempo para tirar um pouco da euforia com ele e com o time, pois às vezes essas coisas não são boas. Cazares, também falei com ele antes, fazia mais de três meses que não jogava um jogo oficial. Jogou muito, gostei muito dele, mostrou muita qualidade. Fiquei feliz, mas não estava para jogar 90 minutos, algo falado previamente", disse o comandante alvinegro.

Aguirre ainda explicou que trata a figura de Robinho com cautela. Sabe que ele pode ser muito útil tanto como um armador ou como um ponta-esquerda. Só não irá colocar uma carga de responsabilidade maior do que o "Rei das Pedaladas" é capaz de carregar.

"Não podemos pensar que o Robinho irá solucionar todas as coisas do time. Irá ajudar muito, mas temos que ter calma, e ele ainda vai melhorar sua parte física", completou.

Por fim, o treinador do Atlético disse que não escutou a parte da torcida do Galo que o xingou. Afirmou, além disso, que procura não se sentir pressionado pelas arquibancadas, mesmo que elas estejam ocupadas por aliados.

"Se eu escutasse a torcida, não poderia ser treinador. Tenho que colocar no campo as minhas convicções, meu trabalho, e vamos ver o que acontece lá na frente. Estou contente com o espírito dos jogadores, muita atitude, tentaram... Poderiamos ter marcado outro gol, aí acabaria 3 a 0 e não estariamos falando disso (xingamentos)".