Dois anos após primeira entrevista, Jemerson deixa timidez para trás e curte confiança da diretoria

Um dos destaques do elenco atleticano nos testes físicos realizados durante a pré-temporada na Cidade do Galo, o zagueiro Jemerson pisava há exatos dois anos na sala de imprensa do CT para conceder a primeira entrevista coletiva como atleta profissional.   Tímido e com respostas rápidas, a revelação nascida em Jeremoabo (BA) ainda não sabia que no ano seguinte se tornaria titular da defesa alvinegra. E muito menos que as atuações seguras ao lado de Leonardo Silva deixariam a diretoria tranquila para negociar com o Internacional a venda do ídolo Réver, capitão na conquista da Libertadores e zagueiro com mais gols pelo Atlético (22).   “O Réver é um excelente jogador. Torço muito por ele, pois é um dos grandes professores que tive e um líder dentro do nosso grupo. Farei de tudo pra conquistar ao menos um pouquinho de tudo aquilo que ele conseguiu aqui”, diz com admiração o defensor de apenas 22 anos.   Titular nas conquistas da Recopa e da Copa do Brasil, no ano passado, Jemerson caiu nas graças do torcedor e ganhou também a confiança do técnico Levir Culpi. “Apesar de pouco tempo no profissional, as experiências vividas são muitas. O tempo vai passando e a convivência melhora, você conhece melhor seus novos companheiros e, assim, vai ganhando até mais segurança dentro do grupo”, diz o zagueiro, em tom de descontração, já sem aquela mesma timidez.   Longe de casa, o jovem zagueiro valoriza as boas influências. Tratado como “um irmão mais novo” pelo capitão Leonardo Silva, Jemerson tem no empresário Alex Zica a figura de um pai. “Minha família não vive comigo em Belo Horizonte, então ele foi durante muito tempo a minha família aqui. E um cara assim, como pai, dá conselho de tudo, né? Brinco que ele está chato, mas é só para descontrair mesmo”, revela o atleta, que tem contrato com o Atlético até 2017.   Orientado por um profissional de mídia, Jemerson já se mostra mais desinibido e bem posicionado diante de microfones e câmeras. Responsável pelo treinamento, Osvaldo Botrel atesta que o cliente evoluiu muito desde a primeira entrevista. “Tem sido bastante tranquilo. Ele é um garoto muito consciente, e sabíamos que a timidez dele era um obstáculo. Foi apenas uma questão de tempo até ele se acostumar com as entrevistas”, comemora o assessor.