Semana de expectativa e contagem regressiva na Cidade do Galo. Há exatos dois meses, a notícia da grave contusão sofrida por Ronaldinho Gaúcho caía como uma bomba no CT de Vespasiano. O Atlético estava ameaçado de perder a maior arma para o Mundial de Clubes, por causa da ruptura total do tendão da coxa esquerda.
Mas esta terça-feira pode representar uma página virada para a lesão do craque. R10 deve ser definitivamente liberado pela equipe médica e começar a treinar com os companheiros, que é tudo que ele mais deseja. Na semana passada, chegou a pegar um colete de treino, no afã de antecipar a alta, mas acabou contido.
O tão sonhado trabalho com o grupo está prestes a acontecer. Após a folga de segunda-feira (25), a reapresentação dos atletas está marcada para a tarde de hoje. O técnico Cuca até acenou com a possibilidade de colocar Ronaldinho em campo na partida de sábado, às 19h30, contra o Fluminense, no Maracanã, situação que dificilmente ocorrerá pelo tempo curto até o jogo.
Com isso, o mais provável é que a reestreia de R10 seja na rodada de encerramento do Campeonato Brasileiro, na despedida antes do Mundial, contra o Vitória, em 8 de dezembro, véspera do embarque para Marrocos.
Nesse período com R10 afastado dos gramados, a diretoria alvinegra montou uma força-tarefa para recuperar o craque a tempo do Mundial. A entrevista do médico Rodrigo Lasmar, em 27 de setembro, um dia após a lesão, explicando a gravidade do problema, deixou a Massa apreensiva.
Até mesmo a presidente Dilma Roussef mandou mensagem de apoio ao jogador. “Minha solidariedade ao Ronaldinho, craque do meu Galo. Na torcida para que ele se recupere a tempo do Mundial”, postou em sua conta no Twitter. Milhões de alvinegros também se mobilizaram nessa corrente. Até o início da noite de ontem, quase 1,2 milhão de mensagens tinham sido deixadas no site www.voltaronaldinho.com.br.
A esperança do torcedor atleticano começou a ser renovada na tarde de 22 de outubro. Naquela terça-feira, Gaúcho apareceu no gramado do CT pela primeira vez após a lesão, ocorrida num treino. Ele correu cerca de 15 minutos e fez embaixadas. “Não senti dor, e isso é maravilhoso”, comemorou. Assim seguiu até a última terça, quando o camisa 10 arriscou os primeiros chutes mais fortes. Hoje ele deve dar o passo decisivo da recuperação.