Douglas Santos: da ‘geladeira’ para o caldeirão do clássico

Dos 630 minutos em que o Atlético esteve em campo em 2015, ele participou de apenas 36. Douglas Santos foi a primeira baixa do time titular na temporada, logo na estreia contra o Tupi, com lesão no joelho. A ansiedade de voltar aos gramados acabou, mas o sentimento é de apreensão.   Desta vez, porém, de forma positiva. O lateral-esquerdo foi o primeiro a ser liberado pelo Departamento Médico, que continua cheio. Agora, tem a missão de vestir a camisa outra vez, justamente no clássico contra o Cruzeiro.   “Estou bem melhor, voltando a trabalhar, fazendo aquilo que gosto. Agora é me condicionar bem, preparar bem, para jogar de forma produtiva na minha oportunidade”, disse.    Douglas treina normalmente com bola há quatro dias na Cidade do Galo e fez um treinamento coletivo entre os reservas na última segunda-feira (2), com 45 minutos de boa resposta técnica. Porém, sentiu um pouco a falta de ritmo. O intervalo de cinco dias até o jogo, portanto, será crucial para a presença do lateral-esquerdo titular.   “O bom é voltar num jogo desses. Voltar com tudo, fazendo um jogo bom. Se Deus quiser, a vitória virá. Se eu voltar no clássico e com vitória, será a melhor coisa que poderá acontecer para mim neste momento”, afirmou o atleta.   Nesta terça-feira (3), Douglas ganha folga assim como os colegas do grupo principal. No descanso, haverá espaço para o trabalho. Isso porque a Raposa joga hoje pela Libertadores contra o Huracán, no Mineirão. Acostumado a ser torcedor no mês de fevereiro, Douglas começa março também com o controle remoto nas mãos e com um olhar de espião.   “Eles (Cruzeiro) mudaram muito, fizeram uma reformulação imensa no elenco. Mas sempre temos que olhar o nosso adversário. Sem dúvida nenhuma, temos que ficar ligados no jogo deles para ver as falhas e as armadilhas do time rival”, acrescentou.   Dupla reação   Para Douglas Santos, chegou o momento de reação do Atlético após as duas derrotas na Libertadores. Mas não é só na competição continental que o lateral enxerga uma lacuna de desempenho.    O camisa 6 quer ver uma postura modificada também no Campeonato Mineiro, já que o Galo soma um ponto a menos que o atual líder Cruzeiro.   “Nosso trabalho tem altos e baixos. Temos que reagir na Libertadores e no Estadual, já que tivemos esses jogos de perda. Se vencermos o clássico, vai dar moral a mais na Libertadores e no Mineiro”.