(98 FM)
O diretor de futebol do Atlético, Eduardo Maluf, foi o convidado do programa 98 Esportes da rádio 98 FM na manhã desta terça-feira (4). O dirigente falou sobre o atual momento do grupo alvinegro e sobre as especulações com relação à chegada e a saída de jogadores importantes como Jemerson e Marcos Rocha. Maluf respondeu aos questionamentos dos apresentadores e também de torcedores que interagiram através das redes sociais. Antigo dirigente do Cruzeiro, Maluf negou que haja qualquer mágoa com o ex-clube, no qual trabalhou por mais de uma década e ganhou inúmeros títulos. No Atlético, ele se uniu ao ex-presidente Alexandre Kalil para montar times vencedores e participou da montagem dos elencos que garantiram os inéditos títulos da Copa do Brasil, Taça Libertadores e da Recopa Sul-Americana. Confira os principais trechos da entrevista e, abaixo, ouça o bate-papo na íntegra. Reposição do grupo Quando terminou o contrato do Ronaldinho no início do ano passado a gente escutava que o Atlético não seria o mesmo, não brigaria por títulos. Ganhamos a Recopa e a Copa do Brasil. Ai saiu o Tardelli, perda irreparável. Disseram que não ganharíamos o Mineiro, que se não contratasse não chegaríamos a lugar nenhum. Contratamos o Pratto. Ganhamos o estadual, que tem uma valor muito grande, quando se perde é que se vê o valor. Mantivemos 85% do grupo, lideramos o Brasileiro e montamos um time. Se aparecer um nome bom estamos atentos para buscar. O conceito do Levir, a forma de jogar não muda independentemente de quem entra. Isso tem dado a oportunidade de jogadores entrarem e virarem titulares. O Réver era titular absoluto, quando o Jemerson entrou e virou titular e hoje é um jogador que vem despertando o interese de todos. O Patric entrou e virou referência. O Rafael (Carioca) era reserva, entrou na vaga do Pierre que era ídolo. A gente respeita a opinião do torcedor. Quando o Pierre foi liberado, nós entendemos o lado da paixão, mas nós entendemos também que Rafael vinha crescendo e que hoje o Pierre não deixa saudade nenhuma. Marcos Rocha e Jemerson A gente tem que tomar cuidado com essa evolução da mídia, jornalistas, os agentes põem o jogador na mídia facilmente. Não tivemos nenhuma proposta oficial por ninguém. Lá atrás tivemos pelo Pratto, mas o presidente não quis nem conversar. Agora estamos na janela da Europa. Todos os dias os agentes vão falar. O Marcelo Djean representa o Lyon e o Jemerson é um dos jogadores que o time observa e pronto. Lembro que quando contratamos o Edcarlos fomos criticados. Eu, diretor, entendia que ele não vinha para ser titular do Atlético, tanto que trouxemos o Otamendi, um dos melhores que eu vi jogar na minha vida. Hoje é um jogador vendido por uma fortuna para a Inglaterra. Nós não tivemos nenhuma proposta por Jemerson e Marcos Rocha. Sondagem de agente e procurador tivemos para uns 10 jogadores. Somos campeão da Copa do Brasil, é claro que terá sondagens. Propostas oficiais tivemos apenas pelo Lucas Pratto de um time do Catar e o presidente não quis vender. Patric A lei permite que com 6 meses antes do término ele assine um pré-contrato. O Patric assinou um pré-contrato, mas posou com a camisa do clube e o Atlético notificou o Patric e o clube. Nós ainda não colocamos o Patric para que ele treine separado, ainda tentaremos resolver essa situação. Queria dar o exemplo do Giovanni Augusto, foi mal orientado, foi a justiça e o Atlético mostrou sua força juridicamente. Demos oportunidade ao Giovanni, respeitamos o patrimônio, ele renovou o contrato e fizemos um grande negócio para todas as partes. Ele é dos mais valorizados do Atlético, jogando bem e resolvemos uma situação perdida. Erick O Erik era uma vontade do Daniel (Nepomuceno), acho difícil, é o melhor jogador que o Goiás tem. O clube fala em valores absurdos. Mágoa do Cruzeiro Não tenho. A nossa função é igual técnico. Trabalhamos por contrato, houve a mudança e minha vida mudou. Aceitei um desafio, tinha outras propostas e vim para o Atlético em um momento ruim e o Atlético deu uma guinada. Tenho uma amizade de longa data com o Alexandre (Kalil). Quando vim ao Atlético em 2000 o Alexandre ainda estava. A gente tem o dia de sair e o dia de chegar. Minha vida profissional segue muito bem e eu não guardo mágoa de ninguém. Tenho contrato até o fim do mandato do presidente Daniel Nepomuceno.