Emerson Conceição reprova atitude do amigo Fabrício: "um dia as vaias acabam"

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
06/04/2015 às 18:47.
Atualizado em 16/11/2021 às 23:31
 (LUCAS PRATES)

(LUCAS PRATES)

Se o lateral-esquerdo Fabrício tivesse ligado para um amigo e companheiro de profissão antes do jogo entre Internacional e Ypiranga, há duas semanas, certamente não teria cometido o grande erro da carreira.    Acostumado a vaias até maiores, Emerson Conceição é o jogador menos querido da torcida do Galo. Mas jamais tomaria a mesma atitude do colega. Em entrevista ao Hoje em Dia, o maior alvo da fúria alvinegra comentou como é trabalhar sob vaias e críticas constantes e até mesmo reprovou a atitude do ex-colorado.   Como você avalia a atitude de Fabrício que não suportou as vaias da torcida? O Fabrício é um amigão meu, conheço a família dele, somos de São Paulo. Ele é uma excelente pessoa fora de campo. Mas é verdade que ele se alterou. Ele não tinha a necessidade de fazer gestos obscenos e jogar a camisa no chão. Infelizmente, torcida nenhuma perdoa isso.   Mas já passou pela cabeça fazer algo parecido? Não. Nunca, sou um cara com a cabeça tranquila. Quando eu chego no Independência, eu foco apenas no jogo. Mas claro que eu sei que vai ocorrer (as vaias). A bola chega e eu fico tranquilo, não me abato. A torcida do Atlético é exigente e eu jamais iria contra ela.    O Levir deixou de te escalar no Independência, contra o Villa Nova, por conta de vaias e improvisou o Patric. Ele chegou a te falar antes? Não chegou. Eu imaginei que seria escolhido para ser titular contra o Villa depois do jogo em Ipatinga (vitória contra o Tombense). Ele nunca chegou a conversar comigo sobre vaias. Mas sei que ele também fica chateado. Um dia isso acaba.   Acredita que a maré irá virar? Sim, eu conversei com o Marcos Rocha e ele me contou que sofreu a mesma coisa no começo. Me disse para trabalhar sério e que um dia vai acabar.   Você teve o contrato suspenso junto com Jô e André e não falou ainda sobre o episódio. O que tem a dizer? Fiquei muito chateado e aprendi a lição. Sou um cara muito profissional, chego no horário. Infelizmente aconteceu aquele fato em Curitiba e achei que não iria gerar essa polêmica toda. A diretoria se decepcionou com a gente, ainda mais após derrota e em momento de decisão na Copa do Brasil. Os jogadores pediram a nossa volta, mas não deu certo. Quando voltei, voltei com outra cabeça.   Achou que nunca mais iria jogar no Atlético? Eu tenho contrato até 2016. Achava que eles iam me emprestar ou negociar. O Levir disse que todo ser humano erra e que iriamos receber mais uma oportunidade. E ele entregou a gente ao grupo. O Atlético tratou a situação de uma maneira correta ao suspender o contrato. O clube tem que dar a punição para não virar bagunça. E temos que saber aceitar e foi até bom para nunca mais repetirmos aquele ato.

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