Estrangeiros completam a festa do Mundial em Marrocos

De um lado, os fanáticos alvinegros do Atlético. Do outro, os não menos empolgados torcedores do Raja Casablanca.
No meio, centenas de turistas de várias partes do Mundo, alguns sem entender direito o que estava acontecendo, dispostos a explorar cada centímetro da exótica
Marrakesh. A sempre agitada Medina, parte antiga da cidade e de grande movimento de pessoas, estava ainda mais agitada nesta quarta-feira (18).

“O que é isso. Sei que vai ter um jogo, mas o que é”, indagava com bom humor a italiana Giulia Sobrino, moradora de Torino na Itália, enquanto observava toda a movimentação de torcedores dos dois times na Praça Jemaa El- Fnaa, no centro da Medina. “Mas está tudo muito legal. Estamos até nos divertindo”, completou a amiga Veronica Diquattro, de Bolonha.

Desde as primeiras horas da manhã, atleticanos e marroquinos disputavam cada centímetro do local exibindo faixas, bandeiras, camisas e tudo que era possível nas cores das duas equipes. Com suas tradicionais sandálias de couro, meia cinza até o joelho, cabelos claros e olhos azuis, pareciam estranhos no ninho. Alguns passavam direto, sem se preocupar com a festa. Outros faziam questão de registrar tudo em vídeo e câmeras.

O alemão Tomáz Karben e a esposa Andrea Karben, fanáticos pelo Borussia, rival do Bayern de Munique, tentavam a todo custo comprar um ingresso para apoiar o Atlético. “Mas está impossível. E ainda temos que tomar cuidado com os golpes. Tentaram me vender um ingresso do jogo de semana passada entre Raja e Al Alhy”, disse, sem perder a animação.

Moradores de Londres, o casal Bray e Ele Austar também se divertiam com a animação de brasileiros e marroquinos. “Nós gostamos muito de futebol. A Inglaterra é o berço do esporte. Então estar aqui no meio de um campeonato mundial está sendo muito interessante. Quando decidimos vir para cá nem sabíamos disso”, explicaram.

O sueco Leo, que não quis dar o sobrenome, é outro que foi pego de surpresa, mesmo gostando muito de futebol. “Está uma loucura. Esse povo é dez mil vezes mais fanático do que na Suécia. Não conheço nem um dos dois times, não tenho nem noção. Passei a conhecer o Atlético por causa do Ronaldinho”, disse, cercado por torcedores do Raja.