(Bruno Cantini/Atlético)
Em 2008, o então vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Zezé Perrella, descontente com a campanha celeste no Campeonato Brasileiro, disparou: “O time tem sido um ‘leão’ no Mineirão e um ‘gatinho’ no campo adversário”. Quatro anos depois, a “carapuça” serviria bem ao rival Atlético.
O Galo faz uma campanha irretocável na Série A atuando diante da massa, no Independência. São incríveis 86,67% de aproveitamento como mandante. Porém, o desempenho cai pela metade quando o alvinegro visita seus adversários, parando nos 43,75%.
A discrepância é reflexo direto da queda do time do técnico Cuca no segundo turno do Brasileiro. Se nas 19 primeiras rodadas da competição, os atleticanos colecionaram seis vitórias, dois empates e duas derrotas (66,7%) longe do seu terreiro, agora, os números mudaram drasticamente.
Presa fácil
No returno, o Galo não manteve o fôlego e passou de visitante indigesto a presa fácil. Em seis confrontos, amargou três igualdades e outros três revezes.
Isso significa que a turma de Ronaldinho Gaúcho conquistou apenas três dos 18 pontos disputados, um pífio rendimento de 16,6%.
Já no Gigante do Horto, o alvinegro reina absoluto. Tanto que o Atlético não sabe o que é perder dentro do Independência desde a sua reabertura, em abril.
Pelo Nacional, o Galo ganhou 12 do seus 15 compromissos, empatando três, abocanhando 39 pontos. A imponência deixa dos mineiros na liderança de uma hipotética classificação dos mandantes, à frente de São Paulo e Grêmio.
Regularidade do Flu
Num campeonato em que a regularidade é quesito fundamental na briga pelo título, o Atlético viu o líder Fluminense alcançar um equilíbrio e disparar na ponta.
Jogando no Rio, o tricolor crava um desempenho de 72,5%. O índice se mostra ainda melhor fora dos seus domínios: 75,56%.