Galo sofre empate do Bahia após errar vários gols e perde chance de ser vice-líder

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
21/10/2014 às 23:54.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:42
 (EDUARDO MARTINS/AGÊNCIA A TARDE/ESTADÃO CONTEÚDO)

(EDUARDO MARTINS/AGÊNCIA A TARDE/ESTADÃO CONTEÚDO)

Há um mito na torcida do Atlético de que ex-jogador que enfrenta o Galo tende a marcar gol. Na noite desta terça-feira (21), o Bahia tinha três opções para dar vida à essa lenda, com Diego Macedo, Lincoln e Guilherme Santos. E foi dos pés do ex-lateral-esquerdo alvinegro que o clube mineiro deixou escapar a chance de ser vice-líder do Brasileirão. Com o empate em 1 a 1, o Atlético pula para a terceira posição, mas apenas um ponto a frente do Internacional, que joga nesta quarta.

Luan foi quem fez o gol do Galo no segundo tempo, mas o grande pecado do time mineiro foi não saber matar o jogo, uma vez que criou inúmeras oportunidades de fazer 2 a 0 e segurar o resultado. O Bahia está na zona de rebaixamento ainda, mas subiu para a 17ª posição.

Lesão de Guilherme logo no início

Com convicção de que poderia vencer o Bahia e seguir na boa fase, o Galo entrou em campo sem poupar forças e com a mesma formação ofensiva que Levir se acostumou a escolher. Contudo, logo no começo do jogo, o alvinegro perdeu a principal peça de armação.

Nos últimos jogos do Atlético, ninguém brilhou mais do que Guilherme. Mas o fantasma da lesão o assombrou novamente e o meia-atacante sentiu dores musculares. Foi substituído por Maicosuel. Em suma, era menos visão de jogo e mais correria no time.

O Bahia chegou com mais perigo que o Galo. Mas a torcida do Atlético relembrou que Diego Macedo pode ser tudo, menos qualificado tecnicamente. Jogando como ponta esquerda, o ex-lateral do time mineiro errou um gol fácil após dar chapéu em Victor. O goleiro atleticano não viu a bola neste lance, mas minutos antes, havia impedido Demerson de marcar de cabeça.

O Galo explorou a velocidade do time, mas a finalização não estava aprimorada. Primeiro, Tardelli arriscou precipitadamente com a canhota após drible desconcertante na marcação. Carlos também teve chances, mas lhe faltou paciência na hora de decidir.

Testinha de ouro e vacilo da zaga

Quando os treinadores voltaram dos vestiários sem alterar a equipe, ficava claro que ambos acreditavam que faltava pouco para um dos dois times ficar à frente do marcador. Levir Culpi levou a melhor neste pensamento.

Sem melhorar na partida, o Atlético "achou" seu gol. Luan nem foi visto pela marcação quando infiltrou-se na zaga e teve tempo de bola perfeito no cruzamento de Douglas Santos. Testou firme e a bola cruzada não teve alcance de Marcelo Lomba: 1 a 0.

E foi justamente quando mostrou suas esporas que o Galo passou a ameaçar o Bahia seriamente, com a impressão que mataria o jogo a qualquer momento. Em belo lance, Carlos aplicou dois chapéus, mas errou o passe para Tardelli. Depois, Dátolo, Maicosuel e, novamente, Carlos tiveram bolas limpas para vencer Lomba, sem sucesso.

Mas, então, o Atlético começou a pensar em outro chavão: "quem não faz, leva". Em lançamento preciso, Guilherme Santos venceu Marcos Rocha na corrida e deu um toque de classe na saída de Victor: 1 a 1. Na comemoração, ele se exaltou além do devido, tirou a camisa e tomou cartão vermelho.

Elmo Alves da Cunha gostou de sacar a advertência máxima e repetiu o gesto quando Diego Tardelli anotou um gol ilegal, ao empurrar a marcação, a única grande oportunidade do jogo após o empate. O atacante saiu esbravejando depois da expulsão: "a arbitragem é ruim mesmo".

Local: Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)
Data: 21 de outubro de 2014, terça-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
Assistentes: Márcio Luiz Augusto (SP) e Cristhian Passos Sorence (GO)
Cartões amarelos: Pará e Guilherme Santos (Bahia); Josué, Edcarlos e Luan (Atlético)
Cartões vermelhos: Guilherme Santos (Bahia); Diego Tardelli (Atlético)

GOLS
BAHIA: Guilherme Santos, aos 40 minutos do segundo tempo
ATLÉTICO: Luan, aos oito minutos do segundo tempo

BAHIA: Marcelo Lomba; Railan, Lucas Fonseca, Demerson e Pará (William Barbio); Uelliton, Bruno Paulista, Diego Macedo (Lincoln) e Guilherme Santos; Marcos Aurélio (Potita) e Henrique
Técnico: Gilson Kleina

ATLÉTICO: Victor; Marcos Rocha, Jemerson, Edcarlos e Douglas Santos; Josué, Dátolo (Cesinha) e Guilherme (Maicosuel); Luan (Pierre); Carlos e Diego Tardelli
Técnico: Levir Culpi

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