Kalil cobra ação mais efetiva do Estado para coibir a violência

Hoje em Dia
22/09/2014 às 11:57.
Atualizado em 18/11/2021 às 04:18
 (André Brant)

(André Brant)

Um dia após o Atlético ganhar o clássico contra o Cruzeiro por 3 a 2, no domingo (21), o presidente Alexandre Kalil foi entrevistado pela ESPN Brasil nesta segunda-feira (22).  Destilando o bom humor e a acidez costumeira, cobrou medidas drásticas da polícia e da Justiça e eximiu o Galo de culpa nas diversas confusões que aconteceram antes e durante o confronto, dentro e fora do estádio.
 
Na chegada do Atlético ao Mineirão, o ônibus foi cercado por torcedores do Cruzeiro que arremessaram latas e precisaram ser contidos pela Polícia Militar. O presidente também foi enfático ao tratar da confusão entre as torcidas nas arquibancadas, logo após o segundo gol do Galo, marcado por Diego Tardelli.
 
Em nota, a Minas Arena, administradora do estádio afirmou que apenas torcedores alvinegros lançaram artefatos, enquanto o árbitro, em súmula, relatou que os artefatos foram lançados por torcedores de ambos os clubes.
 
"São coisas que Minas Gerais regrediu um pouco. Eu vou ao Mineirão desde 1964, levado pelo meu pai e nunca mais parei de ir. O efeito álcool com bandidagem, aquela coisa de em grupos viram homens. E não estou falando da torcida do Cruzeiro, mas de torcidas em geral. O futebol brasileiro precisa de um choque de gestão. O relato (do árbitro) é que as duas torcidas jogaram bombas. Cabe ao clube não dar acesso à torcida, não dar ingresso, mas quem prende bandido não é presidente de clube, é polícia. Há uma demonização do cartola, ele que julga, ele que prende. Estou resolvendo problema de imposto que nem foi meu. Tem presidente de torcida preso na cadeia por assassinato. E quem tem que cuidar da segurança é o empreiteiro que está enchendo o pandurro de dinheiro e não tem responsabilidade de nada. Temos que olhar as coisas no futebol com olho menos cruel com a cartolagem brasileira, acham que temos culpa de tudo. A polícia tem que prender e a Justiça condenar e colocar na cadeia. Porque dar um tiro no futebol e diferente de dar um tiro na porta da minha casa?", disse.
 
Questionado sobre a ausência do centroavante Jô, vetado para a partida de domingo, que vive uma fase amarga, o dirigente tratou de respaldar seu atleta.
 
"O centroavante sofre desse problema. O Jô conversou com o Levir (Culpi, treinador), os dois combinaram dele fazer uma recauchutada no preparo físico. Ele teve problema de família, mas ninguém desaprende. Ele não jogou porque foi vetado pelo Departamento Médico. Ele é um bom garoto, dá pouco problema, ao contrário do que aconteceu no Sul. O problema do Jô é a falta de gols", esclareceu.
 
Sobre sua saída do comando alvinegro e as eleições para presidente que se aproximam, Kalil mostrou muita tranquilidade na continuidade do trabalho e sinalizou uma vitória e a manutenção de seu grupo político à frente do clube.
 
"Nós temos um grupo político que ajudou nesse caminho que percorremos nesses seis anos. Estamos resolvendo, com muita calma, e devemos ganhar a eleição com certa tranquilidade. Temos o reconhecimento do associado. Ainda não está definido, mas no inicio de dezembro o novo presidente já toma posse para entrar na janela (de transferências) sentado na cadeira de presidente", concluiu.

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