Kalil desabafa sobre novo bloqueio e diz que Procuradoria declarou guerra ao Galo

Um novo bloqueio feito nesta quarta-feira (12) pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN) sobre o dinheiro da venda do atacante Bernard ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, em agosto do ano passado, fez com que o presidente do Atlético, Alexandre Kalil, desabafasse mais uma vez em sua conta no Twitter. "Novo bloqueio referente a 1999. Acho que só o Atlético deve impostos no Brasil. Qual o nosso pecado com a PGFN?", escreveu o mandatário atleticano.

Em entrevista exclusiva ao Hoje em Dia, logo após a twittada, Kalil garante que a PGFN declarou guerra ao Galo.

Por que o clube recebeu mais um bloqueio da PGFN?
Não sei o que está acontecendo. Gostaria até de saber. Ameaçaram o Rodrolfo (Gropen, diretor de planejamento) e o Lásaro (Cândido da Cunha, diretor jurídico) na última vez em que eles foram lá. E falaram que agora é guerra.

Há uma perseguição ao Atlético?
O presidente do Fluminense (Peter Siemsen) me disse que tem alguma coisa estranha mesmo na história. Acho até que fomos levados de gaiato na história. O estranho é que o Flamengo consegue tudo num minuto. Além disso, qual clube no Brasil não deve? Por que não bloqueiam o Internacional e Grêmio?

Os impostos devidos são de quando?
Tem coisa de 1999, 1998, 1997. Tem que ver o processo para saber exatamente do que se trata. Coisas de 14, 15 anos atrás, como vai saber que isso existia?

Mas o clube e a PGFN já não fizeram um acordo?
Quero pagar, mas preciso ter condição de pagar. Já chegamos a uma proposta comum quatro vezes, mas voltaram atrás quatro vezes. Não estou entendendo. Não sei o que houve. Ministro já disse que ia ajudar, a bancada de Minas também . Mas ninguém faz nada. A última proposta nos foi ditada por um deputado federal do PT, que não vou citar o nome. Afirmou que se fizessemos do jeito que ele estava falando a PGFN aceitaria. Era até contrário, mas pare resolver isso, aceitei. Chegando lá, tinha um circo organizado e além da proposta queriam mais R$ 30 milhões. Isso inviabilizaria o clube

Qual ação para o futuro?
Vamos ver, mas não tenho condição de tocar o clube com esse bloqueio. É um valor muito significativo do orçamento. E quero pagar, mas preciso de um acordo que possa cumprir.