O chaveamento da Copa Libertadores mostra que o Atlético poderá ter uma verdadeira Copa do Brasil em seu caminho, na busca pelo inédito título. O desafio começa contra o São Paulo, na próxima quinta-feira, no Morumbi, no jogo de ida das oitavas de final. E pode seguir diante de Palmeiras (quartas), Corinthians (semifinal) e Fluminense ou Grêmio (final).
Dono da melhor campanha entre os 32 participantes da fase de grupos, o Galo terá sempre o direito de disputar a segunda partida em Belo Horizonte. E a análise dos mata-matas entre brasileiros no torneio continental mostra que isso é uma vantagem.
Desde 1963, quando na rota do bicampeonato, o Santos, de Pelé, passou pelo Botafogo, de Garrincha, nas semifinais, a Copa Libertadores já teve 35 confrontos entre clubes brasileiros no sistema de mata-mata. Mas dois deles, ambos entre Palmeiras e Corinthians, em 1999 e 2000, respectivamente, não entram na conta, pois foram disputados em campo neutro (Morumbi), com torcida dividida, o que tira a importância de se atuar como mandante.
Mando de campo
Nos 33 confrontos analisados, em 19 (58%), o time que disputou a segunda partida em casa, o que acontecerá sempre com o Atlético na Copa Libertadores 2013, classificou-se para a fase seguinte ou foi campeão, pois São Paulo (2005) e Internacional (2006), nas duas únicas finais caseiras da história do torneio, levantaram a taça jogando a volta no Morumbi e no Beira-Rio, respectivamente.
Para o Atlético, será a terceira vez que o clube disputa um mata-mata contra equipe brasileira na Libertadores. Até agora, o Galo levou a melhor sobre o Atlético-PR, nas oitavas de final, em 2000, ficando com a vaga nos pênaltis, e caiu diante do Corinthians, na fase seguinte, empatando no Mineirão (1 a 1) e perdendo no Morumbi (2 a 1).
Especialista
Já o São Paulo, adversário do Atlético, é o clube que mais participou de mata-matas entre brasileiros na Copa Libertadores. São 12 no total, numa história que começou nas quartas de final da competição de 1992, quando a grande equipe comandada pelo mestre Telê Santana teve que passar pelo Criciúma, de Santa Catarina, no caminho para o primeiro título continental da história do tricolor paulista.
O São Paulo levou a melhor sobre um adversário brasileiro, em mata-matas da Libertadores, em sete oportunidades, sendo eliminado em outras cinco.
Mas uma curiosidade em relação ao retrospecto do São Paulo é que, das sete vezes em que o clube levou a melhor, em seis fez o jogo de volta dentro do Morumbi. A única classificação fora de casa foi justamente contra o Criciúma, nas quartas de final de 1992.
No total, o São Paulo decidiu um mata-mata de Libertadores fora de casa quatro vezes. E levou a pior diante do Internacional, na final de 2006, do Grêmio, nas oitavas de 2007, e do Fluminense, nas quartas de 2008.
Esperança
Não é só o retrospecto do São Paulo que dá esperança ao Atlético. A história recente também, pois no ano passado, a Copa Libertadores teve três confrontos entre brasileiros na fase de mata-mata. E quem decidiu em casa levou a melhor.
Foi assim com o Fluminense diante do Internacional, nas oitavas, e com o campeão Corinthians, que encarou Vasco e Santos, nas quartas e semifinal, respectivamente.