(JARDEL DA COSTA)
O Atlético perdeu uma grande oportunidade de encostar no G-4 do Brasileirão. Em jogo adiado da 10ª rodada do torneio, o clube alvinegro pecou na conclusão das jogadas e saiu da Arena Condá, em Chapecó, com um suado empate por 1 a 1 contra a Chapecoense. Apesar de ter dominado o confronto, o ponto alvinegro foi conquistado já no apagar das luzes do duelo realizado nesta quarta-feira (6), com um gol de cabeça de Leonardo Silva, anotado já no final do duelo. Também pelo alto, o zagueiro Jaílton fez a alegria dos donos da casa. O empate fez com que o Galo subisse para o nono lugar na tabela, com 19 pontos, perdendo a oportunidade de roubar a quinta posição do Sport, que possui 21. A Chapecoense, por sua vez, subiu para o 12º posto, com 15 pontos. No próximo domingo (10), Dia dos Pais, as duas equipes voltarão ao gramado às 18h30. No Independência, em Belo Horizonte, o Atlético recebe o Palmeiras. A Chapecoense, por sua vez, terá um duelo mais complicado, uma vez que enfrentará o Figueirense, em clássico catarinense, na Arena Condá. Sem decisão Ao contrário das últimas vezes que deixou seus domínios, o Atlético transpareceu não se importar com a casa do adversário nesta quarta-feira (6). Durante todo o primeiro tempo do duelo contra a Chapecoense, quem melhor tratou a bola foi o clube alvinegro, que conseguiu fazer da pressão da torcida local na Arena Condá apenas um pequeno obstáculo a ser ultrapassado. Porém, assim como nos últimos jogos, os comandados de Levir voltaram a pecar excessivamente na hora da conclusão da jogada. No duelo desta noite, o Galo teve as rédeas da etapa inicial. Nos 45 minutos de jogo, criou seis boas oportunidades de gol, principalmente através de Tardelli, que deu dinâmica a um ataque que pouco produzia com André, que se escondeu em meio à zaga adversária. O grande pecado do clube alvinegro estava na definição das jogadas. Ou o ataque concluía mal ou o último passe saía em momento errado. O time de Chapecó, por sua vez, insistiu nos lançamentos nas costas de Marcos Rocha, que muito apoiava pelo flanco direito. Por ali, Fabinho Alves se tornou o principal nome do verdão catarinense, ao criar boas alternativas para a Chapecoense. Na melhor das oportunidades, deixou a marcação na saudade e chutou com perigo rumo ao gol de Victor. Aos 41 minutos, quando o primeiro tempo caminhava para um empate sem gols, a rede, enfim, foi balançada. Nenén cobrou tiro esquinado pela direita, Emerson Conceição tentou afastar, mas sua cabeçada foi como um passe para Jaílton, que estava no miolo da área para cutucar para o barbante. O placar mudava pela primeira e única vez durante a etapa inicial. No apagar das luzes No final da primeira etapa, Levir foi obrigado a mudar sua defesa. Réver saiu de campo reclamando de dor no tornozelo esquerdo, o mesmo que o tirou de ação durante boa parte do primeiro semestre. Na volta do vestiário, o comandante alvinegro pouco se importou se já tinha feito uma substituição. Sacou Maicosuel e André, para as entradas de Dátolo e Luan, respectivamente, queimando, assim, as três substituições possíveis. E as alterações surtiram efeito. Com a entrada de Luan, Tardelli ficou mais centralizado e Guilherme passou a ser a principal fonte de criação. Com esse novo comando de ataque, o Atlético passou a ser mais incisivo à frente. Durante a etapa complementar, foram nove oportunidades criadas. Danilo, em atuação destacada, e a falta de paciência na conclusão foram os grandes vilões da busca alvinegra pelo empate. A Chapecoense, por sua vez, se limitou a “fechar a casa” e se defender como podia. Nas poucas oportunidades que criava algum perigo, contou com a bola parada, principalmente alçada da intermediária. Parecia que o time de Chapecó obteria mais uma boa vitória na base da solidez defensiva e da boa atuação do goleiro Danilo, como ocorreu contra São Paulo e Flamengo. Porém, já no minuto final do embate, Leonardo Silva subiu mais alto que a defesa catarinense e igualou o confronto. O gol dramático anotado pelo zagueiro premia o domínio alvinegro durante o duelo, que poderia ter terminado com uma vitória para os comandados de Levir se eles tivessem caprichado na conclusão. FICHA TÉCNICA: CHAPECOENSE 1 X 1 ATLÉTICO CHAPECOENSE: Danilo, Fabiano, Rafael Lima, Jaílton, Neuton (Ednei); Dedé, Wanderson, Abuda, Nenén (Zezinho); Fabinho Alves (Maílson) e Bruno Rangel. Técnico: Celso Rodrigues ATLÉTICO: Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver (Jemerson), Emerson Conceição; Pierre, Josué, Maicosuel (Dátolo), Guilherme; Diego Tardelli e André (Luan). Técnico: Levir Culpi Gols: Jaílton (aos 41' do 1º tempo); Leonardo Silva (aos 47' do 2º tempo) Data: 6 de agosto de 2014 Motivo: Jogo adiado da 10ª rodada do Campeonato Brasileiro Estádio: Arena Condá Cidade: Chapecó (SC) Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (FIFA-GO) Árbitros assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (FIFA-GO) e Bruno Raphael Pires (CBF-GO) Árbitros assistentes adicionais: Eduardo Tomaz de Aquino Valadão (CBF-GO) e Osimar Moreira da Silva Júnior (CBF-GO) Público: 9.688 pagantes Renda: R$ 119.530,00 Cartões amarelos: Marcos Rocha (Atlético); Rafael Lima (Chapecoense)