Sérgio Coelho projeta que Atlético crie SAF até o fim de 2022 (Bruno Sousa/Atlético)
A Sociedade Anônima do Futebol (SAF) chegou ao Brasil para “salvar” clubes que já não tinham mais perspectiva de melhora no modelo de associação, como Botafogo, Vasco e Cruzeiro. O Atlético caminha para o mesmo rumo, de se tornar SAF, e o presidente Sérgio Coelho explicou como anda esse processo no clube.
“Acredito que todos os clubes do futebol brasileiro vão virar SAF. Mas fizemos diferente do que outros clubes fizeram. Nós preparamos o Atlético. Contratamos assessorias para que fizessem a diligência dos números, ou seja, essas empresas levantaram todos os números do Atlético para mostrar para os possíveis investidores. Esses investidores vão fazer uma diligência contrária, contratando outras pessoas para confirmar esses números, então já estamos com esse trabalho adiantado. É preciso (virar SAF), é um caminho sem volta e essa vai ser a solução do clube”.
O presidente atleticano prevê que, até o fim do ano, o Atlético já tenha criado uma SAF, inicialmente com 100% pertencendo ao clube. Segundo ele, já há algumas cartas de intenções de compra, que são investidores que demonstram interesse na aquisição da SAF e passam a receber documentos sobre o clube. Para Sérgio Coelho, seria importante o Galo manter a maioria da SAF, mas ele acredita que a associação não venderá mais de 51% para o investidor.
Sérgio Coelho ainda explicou como ele vê o Atlético saindo do mar de dívidas atuais (a maior do Brasil) com a ajuda da SAF e de outros movimentos:
“Precisamos parar de pagar juros. Com a venda do shopping e da SAF, a gente zera essas dívidas e você deixa de pagar coisa de R$ 80 milhões por mês. O segundo passo é manter um time protagonista. Quando você está bem, você vende muita camisa, sócio, bilheteria, patrocínio e diversas outras receitas. Pra você ver a diferença de um time forte: o Atlético vendia o patrocínio principal da camisa por 4,5 milhões quando cheguei (2020), e esse ano vendemos por 15 milhões.”
O mandatário ainda conta com a Arena MRV como grande fonte de receita, mas, pela situação atual, essas receitas do estádio podem começar a fazer diferença apenas em 2030.
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