Um balde de água fria para a torcida atleticana. Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (27), na Cidade do Galo, o médico do clube, Rodrigo Lasmar, confirmou que o meia-atacante Ronaldinho Gaúcho sofreu uma ruptura do músculo adutor da coxa esquerda. A previsão inicial para a recuperação do craque é de três meses.
"Ontem à tarde (quinta), o Ronaldo veio conversar conosco, afirmando que tinha sofrido uma dor na região adutora da coxa esquerda. Após alguns exames, confirmamos que é uma ruptura total, uma lesão na desinserção do tendão com o osso. Ele já está em tratamento intensivo na fisioterapia. Vamos ver a evolução e fazer todo esforço daqui para frente”, disse Lasmar.
O médico atleticano afirmou que existe a possibilidade do craque integrar a equipe que disputa o Mundial, em Dezembro, apesar da previsão inicial de recuperação girar em torno de três meses. “Temos de ter cuidado ao falar em tempo de recuperação quando se trata de lesão muscular. Não existe um comportamento uniforme. São muitas condições envolvidas. É uma lesão grave e o tempo de recuperação não é curto. Geralmente é de dois meses e meio à três meses e meio. Eu acredito na possibilidade dele estar à disposição do Cuca. Agora, se ele vai conseguir, isso é um desafio”, avaliou Rodrigo.
Lasmar afirmou também que Ronaldinho terá de suportar um tratamento cansativo para ter a oportunidade de viajar com o grupo para o Marrocos. “Não teremos nenhuma restrição sobre o que ele fará no tratamento. Será em período integral. A medicina esportiva evoluiu muito. Temos técnicas que auxilam na reparação de tecidos. São várias intervenções que podem ser feitas para acelerar o processo. Não vamos medir esforços. O presidente Alexandre Kalil nos deixou à disposição para fazer o que tiver que ser feito. Será um esforço do atleta com o DM. O Ronaldo tem de ter tranquilidade e calma, estar disposto a se entregar a um tratamento que é enfadonho e cansativo. Vamos fazer todo o possível. É um desafio, mas vamos trabalhar para isso”, disse.
O responsável pelo departamento médico alvinegro preferiu não passar mais detalhes sobre a estratégia para o tratamento, mas disse que o presidente do clube, Alexandre Kalil, colocou todos os recursos disponíveis à disposição para que o atleta esteja em campo no Mundial. “Traçamos estratégias de tratamento, com todas as condições possíveis. Essa é a 'operação de guerra' que o presidente falou. É um tratamento que mostra um resultado, por conta da eficiência. Não queremos divulgar os detalhes, porque só queremos tratar e recuperar o atleta. Temos um material humano muito bom e acreditamos nos fisioterapeutas, fisiologistas e na nossa estrutura. Se precisar trazer um equipamento no Japão, o presidente disse que vai lá e traz”, completou.
A esperança é que o tratamento intensivo surta efeito e que o atleta esteja presente no primeiro desafio do Atlético no Mundial de Clubes, no dia 18 de dezembro. O adversário para esse embate ainda será definido no sorteio, que será realizado no próximo dia 9 de outubro, em Marrakesh, no Marrocos. Caso passe para final, o Galo jogará no dia 22 do mesmo mês.
* Com informações de Felipe Torres