(Bruno Cantini)
Nos campos do futebol amador em Santa Catarina, José Reginaldo Lalau aprendeu que decisões ruins eram consequências inevitáveis do ofício de árbitro. Agora como empresário do filho Patric, a necessidade de contornar equívocos volta à realidade. O jogador do Atlético, junto ao pai e agente, se arrependeu. Agora, ambos tentam “rasgar” o pré-contrato já assinado com o Osmanlispor, da Turquia, para assinar a renovação com o clube mineiro até esta quinta-feira.
“Eu não posso falar nada neste momento. O Patric tem um carinho muito grande com o Atlético e com a torcida. Ele pediu para ficar. Posso dizer que (a renovação com o Atlético) está caminhando”, afirmou Reginaldo, que estava incomunicável desde o começo de julho.
A tarefa, entretanto, não será fácil. Uma fonte ouvida pelo Hoje em Dia, ligada à diretoria do Atlético, prevê uma “briga feia” no departamento jurídico da Fifa por conta da reviravolta, uma vez que o Osmanlispor “deve ir atrás dos seus direitos”.
O vínculo do jogador junto ao clube mineiro acabará em dezembro deste ano. Por lei, ele pode assinar um pré-acordo com qualquer clube seis meses antes do fim do contrato corrente. Portanto, Patric não feriu nenhuma legislação do futebol, mas tudo indica que o pré-contrato com os turcos tem multa rescisória.
“O jogador pode ter um problema com o time da Turquia e com a Fifa. O pré-contrato tem valor judicial e é cabível de cláusula em que penaliza o atleta caso ele renove com o atual empregador”, disse o advogado Eduardo Carlezzo, especialista em direito esportivo e com uma década de experiência em procedimentos perante a Fifa.
Retorno
Patric, com o aval do técnico Levir Culpi, conversou com o diretor Eduardo Maluf no último fim de semana. Na reunião com a diretoria, ele pediu alguns dias para resolver o imbróglio extra-campo, responsável por afastá-lo de dez jogos.
Nesta quarta-feira (26) ele deverá ser titular contra o Figueirense, na Copa do Brasil, atuando como ponta-esquerda.