ROSÁRIO (Argentina) – A esquina da Rua Mitre com Catamarca, no Microcentro, virou ponto de peregrinação em Rosário, cidade a 300 quilômetros de Buenos Aires. Desde que a delegação do Atlético chegou ao luxuoso Hotel Ros Tower, o endereço, localizado a 150 metros do majestoso Rio Paraná, um dos principais atrativos da cidade, virou referência.
Filho ilustre da cidade, Lionel Messi, craque do Barcelona, transformou-se em mero coadjuvante. O nome mais comentado nestes dias em Rosário é o de Ronaldinho Gaúcho. Basta perguntar a qualquer um na rua onde está hospedado o jogador eleito duas vezes o melhor do mundo pela Fifa para que alguém logo aponte a direção correta.
Apaixonados por futebol, argentinos de todas as idades queriam ver o camisa 10 de perto, além de tentar garantir uma foto ou autógrafo. Não havia grande aglomeração na porta do hotel. Mas, ao longo do dia, grupos de estudantes, aposentados e moradores da região se revezavam na esperança de conseguir alguma recordação.
Mas a espera foi longa. R10 só deixou o local à noite, com a delegação, para o treino de reconhecimento no gramado do Estádio Marcelo Bielsa. Pela manhã, o técnico Cuca foi o primeiro a sair da concentração, para uma corrida nas margens do Rio Paraná. Logo em seguida, alguns integrantes da comissão também foram fazer exercícios nos arredores.
Cada um que aparecia na porta do hotel com o uniforme preto e branco atraía a atenção dos curiosos, que tentavam alguma informação sobre Ronaldinho ou uma espiada pelo vidro escuro. Enquanto isso, o camisa 10 do Galo permanecia no quarto de um dos dois andares reservados ao Atlético.
Com uma faixa no cabelo, igual à do craque, e a camisa da Seleção Brasileira, o garoto Alexis Vivanco, de 9 anos, mais parecia um brasileiro. Com um cartaz nas mãos, pedia uma foto e um autógrafo. “Sou torcedor do Brasil. Gosto mais do futebol dos brasileiros. É um futebol mais bonito”, explicou o jovem torcedor do Rosário Central, rival do Newell’s Old Boys.
Natural de Buenos Aires e estudante de gastronomia, Alvaro Guiotti, 18 anos, torcedor do Boca Juniors, passou praticamente toda a terça-feira na porta do Ros Tower, em busca de uma recordação de Ronaldinho. Torcedores do Newell’s Old Boys, o adversário de hoje, como os irmãos Júnior Gutierrez e Aléxis Gutierrez, e Martin Galvez, também queriam ver R10.
*Enviado especial