São Victor e seus milagres durante a participação na Copa Libertadores

Vinícius Las Casas - Hoje em Dia
25/07/2013 às 02:36.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:22

Um pé esquerdo valeu a canonização. A defesa da classificação para a final também saiu das mãos de São Victor, o goleiro que assumiu uma meta amaldiçoada e a transformou no reduto de um santo. O ditado de que onde o goleiro pisa não nasce grama valia para todos que passavam pelo gol do Galo. Depois de Diego Alves, que deixou o Atlético em 2007, foram onze arqueiros que buscaram se firmar na posição. Nomes consagrados, como Fábio Costa e o uruguaio Carini decepcionaram a torcida, na esperança de encontrar a segurança debaixo das traves.
 
A mudança ocorreu em 2012. Alexandre Kalil abriu o bolso e tuitou: "Torcida mais chata do Brasil, se o problema era goleiro não é mais. Victor é do Galo".
 
E não foi mais. A tranquilidade de um camisa 1 que já foi titular da Seleção Brasileira acalmou a Massa, que viu o time brigar ponto a ponto para ser campeão brasileiro na temporada. Com defesas milagrosas, o goleiro recebia os louros das atuações destacas atráves do reconhecimento das arquibancadas.
 
Mas ainda faltava alcançar o ápice e ele veio nas quartas de final da Libertadores. Aos 46 minutos do segundo tempo, o Independência silenciou. Pênalti para o Tijuana, Riasco na bola, roteiro escrito para a desclassificação alvinegra. Só havia uma pessoa capaz de impedir. Batida à meia altura, centro do gol, Victor pulou para a direita, alguns já viam a rede balançando e se lamentavam. No meio do caminho, havia um pé. Um pé havia no meio do caminho. A perna esquerda de Victor entrou para a história. Mais comemorada que um gol, a defesa da penalidade colocou o Galo na semifinal da competição continental e fez Victor ser eternizado ao lado de Taffarel, João Leite e Kafunga. Um time que se notabilizou por ter grandes goleiros em sua história, novamente tinha um ídolo debaixo da meta.
 
Se a canonização de Victor ocorreu nas quartas, o goleiro tinha que fazer mais um milagre nas semis para garantir o título de santo. Penalidades máximas. Maxi Rodriguez na bola e... Explosão de felicidade no Independência. Victor ensinou a torcida, acostumada a cantar com os gols, a vibrar com as defesas.
 

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