(Cristiane Mattos/Futura Press)
O Atlético precisava vencer para encerrar o primeiro turno do Campeonato Mineiro na segunda colocação sem depender de nenhuma combinação de resultados, mas foi surpreendido pelo desejo de permanência do Tricordiano no Módulo I do regional, que venceu por 4 a 2 dentro do Independência.
Mas todos os olhos estavam voltados para o goleiro Victor, que fez seu retorno aos gramados 25 dias após ter passado por cirurgia para tratar de uma entorse no joelho direito e não foi capaz de operar seus milagres no domingo. Os quatro gols sofridos pelo Santo muito se deveram ao buraco na zaga que permitiu que o lateral Marquinhos, por diversas vezes, subisse em velocidade e colocasse a bola nos pés de quem se apresentasse.
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O Atlético jogou mal. O time escalado por Diego Aguirre tinha como objetivo poupar o elenco principal para a partida contra o Melgar na quintta-feira pela Libertadores, e mesmo com o xerife Leandro Donizete e Victor, os reservas não conseguiram segurar o Tricordiano.
Primeiro tempo
Apesar do Galo de Três Corações precisar da vitória para se manter no Módulo I do Mineiro sem depender de uma combinação de resultados, o time entrou em campo fechado, e com o Galo tendo controle sobre a posse de bola, poucas foram as vezes que o "Santo" foi acionado. Com o Atlético pressionando, e o time de Três Corações recuado, era questão de tempo até que o marcador fosse aberto.
O gol do Galo aconteceu numa cobrança de pênalti aos 25 minutos, após Rodrigo Paulista ter cometido falta em Mansur. A cobrança foi batida por Casares. Já do outro lado do campo, a bola só chegou mesmo à grande área só por volta dos 30 minutos, numa cobrança de falta cobra por Bruno Moreno, mas sem levar perigo. Dois minutos depois, após o término da parada técnica o Tricordiano conseguiu chegar ao empate com gol de Marcinho, após tabelar com Marquinhos.
O time de Diego Aguirre teve várias oportunidades de ampliar o placar, mas o excesso de erros de passes impediu ampliar o marcador. No final do primeiro tempo, Leandro Donizete reclamou do excesso de bolas rifadas pelo meio ao invés de trabalhar pelas laterais.
Segundo Tempo
No entanto, no primeiro minuto da etapa final, Donizete derruba Léo Guerreiro na grande área e o árbitro marca pênalti para o Tricordiano, que amplia com cobrança de Juninho.
Com o placar negativo, o time do Atlético sofreu um apagão e a situação ficou mais grave aos oito minutos do segundo tempo quando Marquinhos marcou um golaço de fora da área que encobriu Victor.
Na sequência, Aguirre sacou Mansur e para a entrada de Robinho, numa tentativa de dar mais agressividade ao ataque. O camisa sete deu mais movimento ao ataque. E menos de um minuto em campo o atacante chutou contra o gol, mas Marcão defendeu. Na sequência, Robinho cruza para Edcarlos que por pouco não reduz o saldo negativo.
Apesar da maior ofensividade com a entrada de Robinho, o Atlético deixava buracos no meio de campo que permitia a chegada do Tricordiano. E numa jogada de contra-ataque, Marcinho quase encaixa um bola nos pés de Léo Guerreiro, que estava com o gol limpo, mas Edcarlos impede a finalização.
Nos acréscimos o Atlético esboçou reação e Robinho marcou seu nono gol no Mineiro. Mas a comemoração não durou mais que um minuto. Na saída de bola Arnold, que entrou no segundo tempo no lugar de Juninho, disparou como um foguete e marcou o quarto do Tricordiano, com direito a comemoração rodando a camisa e chutando a bandeirinha, sem se importar com um possível cartão amarelo.
da equipe médica. Não estou sentindo dores e estou fisicamente bem, mas preciso evoluir a parte técnica", reconhece o goleiro.
ATLÉTICO:
Victor; Carlos Cesar, Cazares; Pablo Diogo (Capixaba) e Clayton TÉCNICO: Diego Aguirre
TRICORDIANO:
Marcão; Rodrigo Paulista, Bruno Costa, Nilo e Marquinhos; Juninho (Arnold), João Paulo, Júnior Lemos e Bruno Catanoce
GOLS:
Cazares aos 25 minutos e Marcinho aos 32 minutos do primeiro tempo; Juninho no 1º minuto, Marquinhos aos 8 e Robinho aos 49 e Arnold aos 50 minutos da etapa complementar
CARTÕES AMARELOS:
Victor, Leandro Donizete e Pablo Diogo (Atlético); Rodrigo Paulista (Tricordiano)
ARBITRAGEM:
Felipe Fernando de Lima, auxiliado por Ricardo Júnio de Souza e Magno Arantes Lira