Vitória atleticana no único duelo por competição internacional

Henrique Ribeiro - Do Hoje em Dia
24/01/2013 às 07:58.
Atualizado em 21/11/2021 às 21:01
 (Humberto Nicoline/Hoje em Dia)

(Humberto Nicoline/Hoje em Dia)

O clássico entre Atlético e Cruzeiro, na semifinal da Copa Ouro de 1993, foi o único confronto internacional entre os dois rivais no Mineirão. O troféu havia sido criado pela Confederação Sul-Americana para ser disputado entre os vencedores das competições organizadas pela entidade.

Cruzeiro e Atlético, campeões da Supercopa e da Copa Conmebol, respectivamente, fizeram uma das semifinais do torneio. A outra foi entre São Paulo, ganhador da Libertadores, e Boca Juniors, vencedor da Copa Master da Supercopa.

O clássico foi marcado pela Conmebol para o dia 8 de julho, e os rivais, em comum acordo, definiram que a semifinal seria em jogo único.

Sem o treinador Pinheiro, que havia deixado o cargo antes do término do Campeonato Mineiro, e o auxiliar técnico, Eduardo, que estava na seleção brasileira de masters para a disputa da Copa Pelé, na Itália, o preparador de goleiros Zé Maurício assumiu o comando do time do Cruzeiro. Já o Atlético havia demitido o treinador Nelinho três dias antes da decisão, e a equipe alvinegra foi dirigida pelo supervisor Mussula.

O lateral-esquerdo Nonato foi o único desfalque cruzeirense para a partida. Já o Galo não pôde contar com o volante Negrini e os atacantes Sérgio Araújo e Bira.

Sem emoção

Parecendo adivinhar que o jogo não seria dos melhores, o público que compareceu ao Mineirão, na noite daquela quinta-feira, não foi digno de um clássico. Menos de 20 mil pagantes sofreram com um confronto sem emoções. O Cruzeiro dominava a partida, mas não conseguia entrar na área atleticana. E os alvinegros exploravam os contra-ataques, mas sem eficiência.

Com o empate sem gols no tempo normal, o clássico foi para a prorrogação, com direito a “golden goal”, ou “morte súbita”, implantado pela Fifa naquele ano e extinto em 2004. Assim, a equipe que marcasse gol, venceria o jogo. Mas o empate persistiu, e a vaga foi decidida na disputa de pênaltis.

O Atlético converteu a sequência de cinco cobranças, com Gilson, Ryuler, Orlando, Valdir e Ailton. Pelo lado cruzeirense, Roberto Gaúcho, Paulo Roberto, Edenilson e Luiz Fernando marcaram, mas o goleiro Luís Henrique defendeu a cobrança de Cleison, e o Galo avançou à final.

O Atlético decidiu a Copa Ouro com o Boca Juniors, que havia eliminado o São Paulo, com vitória por 2 a 1, em Buenos Aires, e empate em 1 a 1, no Pacaembu. Nas finais, os argentinos arrancaram um empate sem gols com o Galo, no Mineirão, em 14 de julho, e venceram por 1 a 0, em La Bombonera, no dia 22, ficando com a taça.

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