(Arquivo Pessoal)
Autor do gol mais bonito do Mundo em 2015, o goiano Wendell Lira não teve a mesma sorte nos gramados mineiros. O atacante teve duas passagens apagadas pelo futebol do estado e não conseguiu balançar as redes nenhuma vez sequer.
Mesmo assim, o prêmio Puskas, recebido por Lira na sede da Fifa, nesta segunda-feira (11), encheu de orgulho integrantes da comissão técnica da URT e do Tombense. Apesar de ter defendido os dois times por pouco tempo, ele ainda é muito querido nos dois clubes.
“É um cara extremamente humilde, ótimo de trabalhar. O prêmio foi muito justo. Aqui, infelizmente, ele não teve muita oportunidade com o técnico da época, mas é um grande jogador. Ele também sofreu com contusões, o que atrapalhou sua carreira”, explica o diretor de futebol da URT, Marlindo Celso Basílio, que foi responsável pela contratação do jogador junto ao Novo Horizonte, do futebol de Goiás.
Presidente do clube, Roberto Túlio Miranda endossa as palavras do diretor. “A reação dele na hora da premiação e as palavras depois, sobre a fábula de Davi e Golias, resumem sua simplicidade. Foi uma alegria imensa para todos aqui. Confesso que ninguém esperava. O gol é lindo, mas ele concorria com Messi, não é mesmo?”, reforça.
Lira chegou à URT em 25 de novembro de 2014 e ficou até 15 de abril de 2015. Disputou dez partidas, sendo duas como titular, e não marcou nenhum gol.
Problemas familiares
No ano passado, o jogador foi contratado para defender o Tombense na Série C, mas acabou interrompendo o contrato devido a questões familiares.
“A esposa não pôde vir com ele, que estava com dificuldade para arrumar uma casa aqui. Aí acabou pedindo para sair antes do término do contrato e voltou para Goiás”, relembra o presidente do Tombense, Lane Gaviolle.
“Ele fez alguns jogos com a gente, mas não estava muito bem. Como houve esse interesse dele em rescindir, resolvemos liberá-lo”, explica o diretor do clube Leandro Gaviolle.
Caminhos opostos
Quando defendiam a Seleção Brasileira Sub-20, Wendell Lira e Alexandre Pato tornaram-se amigos. O futebol deles chamou a atenção do Milan-ITA, mas o Goiás recusou uma proposta de R$ 6 milhões por Wendell. Assim, os italianos só contrataram Pato, revelação da base do Internacional.