Contratado para ser a solução da zaga do São Paulo, Lúcio foi barrado por Paulo Autuori e não será nem relacionado para o clássico contra o Corinthians neste domingo, no Pacaembu. O defensor vem de uma série de partidas ruins e é criticado pelas arrancadas em gol que deixam o setor desguarnecido. O próprio treinador deixou claro nas entrelinhas após a partida contra o Inter que era preciso menos "volúpia" e "vontade de resolver sozinho".
Lúcio treinou separado dos demais companheiros em um campo do CT da Barra Funda e fez exercícios específicos. A meta é recondicioná-lo para os próximos jogos, mas por enquanto Paulo Miranda joga ao lado de Rafael Toloi.
"Quando se mede a evolução, você tem duas opções: ou se para de cometer o erro ou se erra menos, e foi o que aconteceu. Essa decisão tomamos ontem (quinta) com a pessoa certa, no momento certo e na hora certa", explicou o treinador, ao lembrar dos pedidos para o zagueiro guardar posição em campo.
É a segunda vez que o camisa 3 é barrado em sua passagem pelo São Paulo. Da primeira vez, entrou em rota de colisão com Ney Franco e causou desconforto no grupo ao ir direto para o ônibus, na Argentina, depois de ser substituído contra o Arsenal de Sarandi, pela Libertadores, e dizer que "quando saí, o jogo estava 0 a 0 (o time brasileiro acabou derrotado por 2 a 1)".
Seu desempenho até aqui tem sido decepcionante até mesmo para o presidente Juvenal Juvêncio, um dos entusiastas da sua chegada. O defensor só não foi dispensado por causa do alto salário, mas o clube tentou negociá-lo com outras equipes e não teve sucesso. Depois de um período no banco, voltou a ser titular e não saiu mais, apesar das muitas críticas.
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