(AFP / LLUIS GENE)
Barcelona e Atlético de Madrid fizeram um grande confronto nesta terça-feira (5), pela abertura das quartas de final da Liga dos Campeões. Digno da crescente rivalidade entre os clubes.
No Camp Nou, os madrilenhos saíram na frente no primeiro tempo, mas o autor do gol Fernando Torres foi expulso logo depois. Com um a mais, os catalães exerceram uma incrível pressão no segundo tempo, buscaram a virada com dois gols de Suárez e selaram a vitória por 2 a 1, que lhes dá a vantagem, mas deixa o confronto aberto para a volta.
O resultado desta terça não foi dos melhores para o Atlético, mas diante das circunstâncias da partida pôde ser comemorado.
Com ele, o time madrilenho se classifica às semifinais com uma vitória simples por 1 a 0, na volta, em casa, no próximo dia 13. Ao Barcelona, basta o empate ou uma derrota por um gol, desde que o placar seja superior a 2 a 1.
O início nesta terça foi exatamente como se esperava. O Barcelona ficava com a posse e encurralava o Atlético, que por sua vez aceitava a pressão territorial e tentava surpreender nos contra-ataques.
A estratégia madrilenha deu certo e o Barcelona pouco assustou. Messi, duas vezes, chutou torto da entrada da área. Neymar, aos 18 minutos, recebeu sozinho na área e cabeceou para fora na melhor chance do time na primeira etapa.
Aos poucos, o Atlético foi gostando do jogo e passou a assustar quando ia ao ataque. Muito mais incisivo que o rival, abriu o placar aos 24 minutos. Koke recebeu na intermediária e viu Piqué deixar a área para tentar surpreendê-lo com o bote.
O meia foi esperto, encontrou Fernando Torres exatamente no espaço deixado pelo zagueiro catalão e enfiou ótima bola. O experiente atacante recebeu na corrida, na entrada da área, e bateu firme de primeira entre as pernas de Ter Stegen.
O gol deixou ainda mais nervoso um jogo que já era tenso. O Atlético se fechou, passou a abusar das faltas, mas quase ampliou em um contra-ataque. Aos 31 minutos, Griezmann recebeu na meia-lua, dominou e bateu cruzado. Ter Stegen se esticou todo e fez linda defesa.
Só que o excesso de vontade do Atlético cobraria seu preço na sequência, e de herói, Fernando Torres viraria vilão. Depois de uma entrada dura em Neymar, repetiu a atitude para cima de Busquets, recebeu o segundo amarelo e deixou o Atlético de Madrid com um a menos com 35 minutos.
Mesmo com um a mais, o Barcelona não conseguiu infiltrar na ótima marcação do Atlético até o intervalo.
Só que o segundo tempo começou diferente, e logo com três minutos, Neymar encontrou Messi na área, o argentino dominou no peito e virou bicicleta rente à trave. O brasileiro era a principal arma ofensiva do Barcelona e voltou a assustar aos cinco. Ele recebeu na entrada da área, cortou para a perna direita e acertou o travessão.
O que se viu nos primeiros minutos da etapa final foi um verdadeiro massacre do Barcelona. Neymar, de cabeça, Messi, de fora da área, Iniesta, pela esquerda, deram sequência à incrível pressão exercida pelos donos da casa. Tudo isso nos primeiros dez minutos. O Atlético não conseguia sair da própria área, a torcida da casa inflamou e o empate parecia questão de tempo.
A pressão seguiu e Neymar quase marcou novamente aos 16, quando arriscou de fora outra e jogou perto. Até que finalmente a insistência deu resultado.
Somente um minuto depois, Daniel Alves recebeu pela direita e cruzou. Jordi Alba chegou batendo de primeira, torto, mas Luis Suárez apareceu no meio da área para desviar para a rede.
O gol diminuiu a urgência do ataque do Barcelona e, consequentemente, deixou o Atlético um pouco mais solto. Quando parecia que os visitantes tinham mais controle, Suárez apareceu mais uma vez para garantir a virada.
Após rápida troca de passes na entrada da área, Daniel Alves cruzou na cabeça do uruguaio, que testou firme para a rede.
Mesmo em desvantagem, o Atlético não teve vergonha de se fechar ainda mais. O Barcelona seguiu em cima, mas talvez até pela questão física não conseguia manter o nível da pressão.
Messi ainda tentou em arrancada pelo meio da área, mas os madrilenhos conseguiram minimizar o dano e segurar a derrota pela diferença mínima.
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