Barcos confirma gol de mão, mas culpa zagueiro

Agencia Estado
29/10/2012 às 20:33.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:41

O centroavante Barcos se isentou de qualquer culpa pelo gol de mão que tentou marcar no sábado, contra o Internacional, num dos lances mais polêmicos do Campeonato Brasileiro. O argentino alegou que foi puxado pelo marcador depois da cobrança de escanteio e, só por isso, deu um soco na bola, em direção ao gol colorado.

"Eu, sinceramente, toquei com a mão na bola porque eu fui puxado pelo zagueiro. Se você ver a imagem, fica claro que ele está me puxando. Se eu tivesse a intenção de pegar a bola, eu a pegaria de frente. Eu fui puxado dentro da área, levantei a mão, a mão pegou na bola e ela entrou no gol", relatou Barcos, que corre o risco de ser julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por conta da falta e já começa a se defender.

O argentino seguiu o discurso padrão dentro do Palestra Itália e também reclamou da forma como a falta foi marcada. O árbitro Francisco Carlos do Nascimento, da Fifa, chegou a confirmar o gol, recebendo diversas críticas dos jogadores do Inter. Só depois da intervenção do quarto árbitro é que o gol foi invalidado.

"Ninguém viu nada. O árbitro correu para o meio de campo. Há cinco árbitros no campo e nenhum deles viu se foi ou não com a mão. O árbitro que fica atrás do gol também não viu nada. Ele (árbitro principal) teve ajuda de fora do campo e isso não é permitido, ele deve decidir sozinho. Se ele tinha validado o gol, é gol", contestou Barcos, reforçando a reclamação do Palmeiras, que quer que o jogo seja cancelado por conta da intervenção externa.

O argentino já deixou claro diversas vezes que, dentro e fora de campo, não se encaixa no padrão do jogador de futebol comum. Mesmo assim ele preferiu não falar a verdade ao árbitro e encerrar a polêmica. "Você (repórter) queria que 15 milhões de palmeirenses me matassem? É difícil. Tantas vezes nós fomos prejudicados e, quando a gente faz um gol, eu vou contar?", questionou o argentino, já aprendendo a malandragem brasileira.
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