(Carlos Rhienck/Arquivo Hoje em Dia)
O início da trajetória de destaque de Cuca no futebol mineiro, em 2010, no Cruzeiro, foi com Emerson Ávila comandando o time dele. Mais de uma década depois, os dois, que se tornaram amigos, se enfrentam nesta quarta-feira (7), às 16h, no Mineirão, no principal jogo da oitava rodada da fase classificatória do Módulo I do Estadual. O Atlético, do primeiro, quer carimbar a classificação às semifinais. O Pouso Alegre, do segundo, busca mais uma façanha na competição.
A relação entre os dois treinadores começou em junho de 2010, mais precisamente no dia 8, quando Cuca chegou à Toca da Raposa II contratado para substituir Adilson Batista, que tinha deixado o clube após dois anos e meio de trabalho.Carlos Rhienck/Arquivo Hoje em Dia
Cuca teve Emerson Ávila como auxiliar no Cruzeiro, em 2010, e desta relação profissional nasceu a amizade entre os dois, que permanece até hoje
O Campeonato Brasileiro teve a última rodada disputada no dia 6 e estava parado, por causa da Copa do Mundo da África do Sul. O Cruzeiro faria dois jogos nos Estados Unidos, e a ideia inicial era de que Cuca já iniciasse lá o seu trabalho. Mas havia um problema: ele não tinha visto. Aí começa a ligação entre os dois treinadores que duelam nesta quarta-feira no Gigante da Pampulha.
“O Adilson saiu e já tinha uma viagem para os Estados Unidos programada. Eu tinha tirado o visto por precaução do clube, mas eu ia ficar trabalhando com os atletas que não fossem. Quando chegou o Cuca, tive ainda mais a certeza de que não iria, pois tinha dirigido o time dia 6 de junho, em Goiânia, contra o Atlético-GO, interinamente. Só que ele não tinha o visto. O clube tentou resolver a situação, para ele embarcar depois, mas não conseguiu. E fui como treinador do Cruzeiro”, revela Emerson Ávila.
O hoje treinador do Pouso Alegre recorda bem daquelas partidas: “ Fizemos dois jogos muito bons. Vencemos o Revs (3 a 0) e depois o Red Bull (4 a 2). Quando cheguei, fiz um relatório para o Cuca, falei individualmente dos jogadores e tive uma ótima recepção. Ele disse que contava comigo, que me queria com ele no campo, e realmente contou, pois me deu muito espaço e moral”.
Prestígio
Auxiliar da comissão permanente do Cruzeiro por alguns anos, Ávila revela que a relação desses profissionais com os treinadores e principalmente seus auxiliares fixos nem sempre é boa. Mas com Cuca foi um momento especial da sua carreira.
“A relação com o Cuca, o Cuquinha e o Eudes, foi excelente. Naquela época não existiam essas ferramentas de análise de adversário e quem viajava para fazer as observações era eu. Nas palestras antes dos jogos, ele sempre me citou para os jogadores, prestigiou, é um cara sensacional”.Washington Alves/Vipcomm/CruzeiroEmerson teve muito espaço com Cuca, particopando dos treinamentos de campo e fazendo a observação dos adversários do time
Além do lado pessoal, Emerson destaca também o profissional que Cuca se mostrou no convívio que eles tiveram: “Ele tem muita capacidade para armar um time. Além disso, é muito bom de beira de campo, para mudar um jogo, decidir substituições. Um cara ousado. As alterações eram sempre para mudar a maneira de jogar da equipe e raramente ele não consegue isso”.
Este momento vivido na Toca da Raposa II fez de Emerson e Cuca amigos e o treinador do Pouso Alegre destaca o prazer de poder reencontrar um treinador que marcou a sua trajetória.
“Rever o Cuca será motivo de muita alegria. Sempre mando mensagens para ele, ele também me mandou mensagens em momentos complicados da minha carreira. É um cara sem dúvida especial”.