BH terá equipe pela primeira vez nos Crossfit Games

Felippe Drummond Neto - Hoje em Dia
13/05/2013 às 08:45.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:37
 (Renato Cobucci)

(Renato Cobucci)

Um grupo de oito atletas de Belo Horizonte tem trabalhado duro nos últimos meses para cumprir uma importante missão. Eles serão a primeira equipe a representar a capital mineira nos CrossFit Games - Regional América Latina, que acontecem entre 7 e 9 de junho, em Guayaquil, no Equador. A competição vale vaga no Mundial da modalidade, disputados nos dias 27 e 28 de julho, na Califórnia (EUA).

Criado há mais de 20 anos, nos Estados Unidos, esse esporte ainda é considerado novo no Brasil, porém já é praticado em alto nível pelos atletas mineiros. A ideia de entrar no torneio partiu de Luiz Mello, que trabalha como instrutor na academia CrossFit BH e, no ano passado, disputou a competição individualmente. “Foi muito legal ter participado. Por isso, para esta edição, ‘botei pilha’ na galera para a gente montar uma equipe e ir em grupo, que é até mais legal. Dessa forma, podemos dividir as tarefas pelos pontos fortes de cada um”, planeja o atleta, que é casado com Natália Pinheiro, também integrante do time, formado por quatro homens e quatro mulheres.

Para ela, além de competir, será uma ótima oportunidade para testar o que vem sendo treinado diariamente. “Acho que o maior atrativo do crossfit é que nunca sabemos o que vamos fazer. Ir para uma competição como essa servirá para nos testar ao máximo. Não tem jeito de uma pessoa ser boa apenas em uma coisa. Por isso, treinamos forte em todas as áreas”, garante Natália.

Ao todo, o campeonato terá a participação de 30 equipes, sendo quatro delas brasileiras. Além do grupo da capital mineira, São Paulo, Brasília (DF) e Jundiaí (SP) enviarão representantes a Guayaquil. No individual, vão competir 48 homens e 48 mulheres. Nesse caso, o Brasil contará com cinco competidores, três homens e duas mulheres.

Preparação

Para fazer bonito na competição, o time mineiro tem treinado praticamente todos os dias. “Estamos em um ritmo forte. De segunda a sexta-feira, treinamos separados. Nos fins de semana, nos reunimos fora da academia para preparar a equipe e ver os exercícios em que cada um se destaca mais”, explica Natália.

Para Larissa Patrus, de 21 anos, a mais nova do grupo, essa será uma oportunidade única de representar Belo Horizonte. “Estou superempolgada e treinando muito. Será legal representar minha cidade em uma competição internacional. Nunca levei nenhum esporte realmente a sério e me descobri no crossfit. Todo mundo me pergunta como estou me preparando. Espero poder ajudar a equipe a conquistar o melhor resultado possível”, enfatiza Larissa.

Modalidade é bem democrática

Apesar de a equipe de Belo Horizonte estar se preparando para uma competição, o crossfit não é feito apenas para a prática profissional. Qualquer pessoa, desde a mais sedentária até aquela que pratica esporte diariamente, pode ingressar na modalidade. Só é preciso procurar uma academia licenciada e se inscrever, já que, para trabalhar na área, os profissionais precisam ser credenciados em um sistema.
Muito comum entre lutadores de Artes Marciais Mistas (MMA), para melhorar o preparo físico e a qualidade de vida dos participantes em geral, a prática é composta por uma junção de vários movimentos que são adaptáveis, ou seja, existe sempre uma forma mais fácil de realizá-los. Pelo mesmo motivo, todos, independentemente de limitações físicas, podem praticar o crossfit.

E, ao contrário do que acontece nas academias tradicionais, a prática diária quase nunca se repete. “Os alunos chegam e vão direto para a lousa, saber quais os exercícios do dia. A gente sempre faz uma combinação diferente, com o objetivo de trabalhar todos os músculos do corpo. Isso evita que os praticantes enjoem”, garante o professor Carlos Eduardo Vidal, treinador da equipe que competirá no CrossFit Games, que dá aulas diárias na CrossFit BH.

De forma geral, os treinos são curtos e muito intensos, não passando de 20 minutos. As aulas da modalidade são coletivas, mas a evolução é gradativa e individual. Independentemente do treino prescrito, a meta é terminar o mais rapidamente possível. Porém sem deixar que a técnica de execução dos movimentos seja prejudicada. 

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