A tenista brasileira Beatriz Haddad Maia comemorou nesta terça-feira (16) sua primeira vitória no Aberto da Austrália e logo em sua estreia na chave principal do Grand Slam disputado em Melbourne. De quebra, ela celebrou o fim de um jejum de 53 anos sem triunfos do Brasil na chave feminina da competição.
A última vitória aconteceu em 1965, quando Maria Esther Bueno venceu na semifinal e foi à decisão - foi vice-campeã. Desde então, nenhuma compatriota havia passado da rodada de abertura na chave de simples, ao longo de décadas em que os tenistas do Brasil tinha maior dificuldade de fazer a custosa viagem até Melbourne.
"Fico feliz em quebrar esse tabu. É sempre uma honra jogar pelo Brasil. Hoje tinham muitos brasileiros torcendo por mim. Saber que há 53 anos nenhuma brasileira ganhava aqui só deixa a gente mais motivado que é possível. Não só eu, mas todas as garotas devem acreditar que também podem", festejou Bia.
Ela fez sua estreia na chave principal em Melbourne após disputar as mesmas chaves nos outros três torneios de Grand Slam, em 2017. Na Austrália, ela ficou de fora porque ainda se recuperava de lesão sofrida no fim de 2016, o que a atrapalhou a reta final daquela temporada, subtraindo pontos importantes no ranking - que definem a entrada direta nas chaves.
A brasileira estreou na quadra dura de Melbourne vencendo a local Lizette Cabrera pelo placar de 2 sets a 0, com parciais de 7/6 (7/3) e 6/4. Apesar do triunfo em sets diretos, Bia sofreu no set inicial e chegou a estar perdendo por 5/2, antes de buscar o empate e o triunfo no tie-break.
"Foi um jogo duríssimo", reconheceu a brasileira, que já havia vencido a rival, na semana passada, no Torneio de Hobart, também na Austrália. "Ela começou jogando muito solta, em casa, bem diferente da semana passada. O ponto positivo de hoje é que eu competi muito bem, me mantive firme de cabeça e agora é me preparar para a próxima rodada, outra pedreira contra a Pliskova", projetou a tenista número 70 do mundo.
Na segunda rodada, o confronto será contra a checa Karolina Pliskova, atual número seis do mundo. Em boa fase, a tenista da República Checa chegou a liderar o ranking no ano passado, ao exibir grande consistência ao longo de toda a temporada.
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