(Lucas Prates)
Os atuais campeões da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro vivem situações opostas nesta edição do Nacional. Enquanto o Atlético briga na ponta da tabela e sonha com o título, o Cruzeiro passa por um período de instabilidade dentro e fora das quatro linhas.
O momento antagônico reflete diretamente nos programas de sócios torcedores dos rivais mineiros. Pelo balanço de julho 2015, quando o movimento Futebol Melhor atingiu a marca expressiva de um milhão de participantes, o Galo teve até agora, nesta temporada, o dobro de novos associados em relação à Raposa: 8.143 contra 4.438.
Mas o crescimento dos dois principais clubes do Estado está muito baixo se comparado com outros concorrentes da Série A. Ainda tentando se recuperar no Brasileirão, o Palmeiras é o time que mais teve adesões em 2015.
Já são 65.132 novos sócios no período, que colocaram o Verdão no segundo lugar geral no ranking das equipes com maior número de sócios do futebol nacional. Com 129.583 torcedores, o Porco está atrás apenas do Internacional, que reúne 146.820 pessoas. Enquanto isso, o Cruzeiro, campeão das duas últimas edições do Brasileiro, aparece na quinta colocação, com 71.611 sócios, e o Atlético na nona, com 44.107.
Especialista em marketing esportivo, Amir Somoggi tem uma explicação bem simples para o upgrade no programa Avanti Palmeiras. “Além da inauguração da arena, a diretoria investiu em reforços. Isso deixa os torcedores empolgados, e é natural que aumente o número de sócios num primeiro momento. Com o tempo, a tendência é dar uma estabilizada”, avalia.
Inter x Palmeiras
O rápido crescimento do programa de sócio torcedor do Verdão não preocupa o Internacional, que começa a ver a liderança do “Torcedômetro” ameaçada. “Aumentar o número de sócio torcedor é saudável, mas o Internacional tem uma receita anual com o seu quadro social de R$ 60 milhões. A receita do Palmeiras gira em torno de R$ 20 milhões. Não podemos levar em conta apenas o número de associados. O que conta é a arrecadação”, rebate Alexandre Limeira, vice-presidente de administração do Inter.
Conforme estimativas do Palmeiras, até o fim de 2015 o clube paulista deve faturar R$ 25 milhões com os associados. A explicação para a diferença de arrecadação é que o clube tem maior número de adesões nos planos simples. No Porco, os preços variam de R$ 12,99 a R$ 599,99. Já os gaúchos cobram de R$ 20 a R$ 140,00.