Brasil busca motivação para decisão com Holanda

Frederico Ribeiro - Hoje em Dia
12/07/2014 às 08:19.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:21
 (VANDERLEI ALMEIDA/AFP)

(VANDERLEI ALMEIDA/AFP)

Cabisbaixa, sem motivação e transformada. Assim será a Seleção Brasileira para a disputa do pouquíssimo cobiçado terceiro lugar da Copa do Mundo. Diante da Holanda, em Brasília, às 17h, a equipe, ainda sob comando de Luiz Felipe Scolari, deverá ter quatro mudanças em relação ao time que estreou no Mundial, contra a Croácia, em 12 de junho.   No treinamento dessa sexta-feira (11), na Granja Comary, em Teresópolis, no Rio de Janeiro, Felipão não pôde testar Thiago Silva. O capitão foi poupado e fez trabalho na academia. Mas o defensor do Paris Saint-Germain deverá ir para o compromisso. Willian e Ramires vão compor o meio de campo, no lugar de Neymar e Hulk.   Na goleada de 7 a 1 para a Alemanha, Bernard foi escolhido para substituir o lesionado camisa 10. Outro contestado pela torcida e a crítica, o atacante Fred vai para o banco de reservas. Assim, Jô deve iniciar seu primeiro jogo como titular. Na defesa, o lateral-direito Maicon mantém a posição de titular, conquistada no duelo contra a Colômbia, pelas oitavas.   Apesar de ser um duelo de pura melancolia, Scolari e os atletas têm a chance de encerrar a participação na Copa com uma vitória. Nada que amenize o massacre alemão. Mas uma derrota seria ainda mais traumática para essa geração da Seleção.   TIRA-TEMA   Por trás do clima de desânimo pela disputa do terceiro lugar, há um atrativo na partida. O confronto será um tira-tema na história dos duelos entre Brasil e Holanda. Com 11 jogos desde 1963, cada lado venceu três vezes e cinco confrontos terminaram empatados.   Até nos gols marcados há igualdade. Brasileiros e holandeses balançaram as redes 15 vezes um do outro.   Há equilíbrio também nos Mundiais. A Holanda eliminou o Brasil em 1974, em Dortmund, com Cruyff e Rinus Michels dando aula de futebol para os comandados de Zagallo. 36 anos depois, na África do Sul, novamente os Laranjas foram algozes do time canarinho: 2 a 1, de virada.   Porém, em duas Copas seguidas, o Brasil sentiu o gosto de despachar os holandeses. No tetracampeonato (1994), Bebeto, Romário e Branco marcaram na vitória suada de 3 a 2 e classificaram a Seleção às semifinais.   Na França (1998), foi a vez de Taffarel se consagrar na disputa de pênaltis contra os holandeses e levar o Brasil para a final, vencida pelos anfitriões (3 a 0).     Adeus   Após a partida deste sábado (12), vários jogadores devem se despedir de Copas, em função da idade e do contestado desempenho.    Jô, Hulk, Fred e Daniel Alves podem aproveitar as últimas horas com a “amarelinha”, pela mancha dos 7 a 1 e pelo que apresentaram no Mundial. Ainda, por força do tempo, Fernandinho, Victor, Julio Cesar, Jefferson e Maicon também são outros sem grandes perspectivas para defender o Brasil em outras Copas. 

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por