Brasil inicia briga pela permanência na elite do tênis

A permanência no Grupo Mundial da Copa Davis é o grande objetivo da seleção brasileira de tênis. Para isso, os comandados pelo capitão (técnico) João Zwetsch terão um grande desafio, desta sexta-feira (12) a domingo, no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, quando enfrentarão a Espanha, pelos playoffs do torneio. Quem vencer a série melhor de cinco partidas garante uma vaga na elite do tênis internacional em 2015.

Apesar do objetivo definido, os atletas brasileiros não escondem que o favoritismo para o confronto com a Espanha é todo do adversário. Mas o fato de o Brasil jogar em casa, com a torcida apoiando, e a inexperiência dos tenistas europeus na competição podem equilibrar a disputa.

Sem contar com as estrelas Rafael Nadal e David Ferrer, a Espanha ainda teve que fazer alterações em sua equipe, por conta da lesão no punho esquerdo de Marcel Granollers, que jogaria as simples e formaria a dupla com Marc López. Com isso, terá em quadra jogadores bem ranqueados, mas que poucos jogos fizeram pela competição entre nações.

Rogério Dutra Silva abrirá a disputa contra os espanhóis. Às 16h, o tenista paulista, 201º colocado do ranking da ATP, enfrentará Roberto Bautista Agut, 15º colocado da lista. Logo depois, é a vez de Thomaz Bellucci, número 1 do Brasil, enfrentar Pablo Andújar.

O Brasil venceu o Zonal Americano deste ano e por isso tem a chance de voltar ao Grupo Mundial, do qual foi rebaixado na temporada passada depois de perder fora de casa para os Estados Unidos, na primeira rodada, e para a Alemanha, nos playoffs.

Líder da equipe espanhola, Roberto Agut fez apenas duas partidas pela Davis, ambas no confronto de primeira rodada do Grupo Mundial, contra a Alemanha, neste ano, e foi derrotado em ambas.

Já Pablo Andújar fará sua estreia na competição entre seleções. Thomaz Bellucci, por sua vez, jogou 25 vezes, e Rogerinho, oito partidas.

“O Bautista é um jogador que ainda não tem experiência em Copa Davis, apesar de estar jogando em um nível muito alto. Talvez este seja mais um exemplo de como a Copa Davis é diferente. O Andújar é ótimo, mas também sem experiência. Essas situações foram aparecendo para a gente nos últimos dias e tomara que a gente consiga vencer”, avalia João Zwetsch.

Retrospecto

Além do favoritismo, o retrospecto do confronto Brasil x Espanha na Davis também é favorável aos europeus, que venceram cinco dos sete confrontos entre os dois países.

Porém, na última vez em que duelaram, em 1999, o Brasil, então liderado por Guga, venceu os espanhóis por 3 a 2.

A diferença de tradição entre os dois países na modalidade pode ser vista no ranking. A Espanha conta com 12 tenistas entre os 100 melhores do mundo, e o Brasil apenas um. Na Copa Davis, a equipe ibérica conquistou cinco títulos e foi vice em 2012.

Playoffs terão mais sete confrontos

Além do confronto entre Brasil e Espanha, a fase de playoffs do Grupo Mundial terá outras sete disputas. Os confrontos definirão as seleções que irão fazer parte da elite em 2015. Os jogos são os seguintes: Índia e Sérvia, em Bagalore (IND); Israel x Argentina, em Sunrise (EUA); Canadá x Colômbia, em Halifax (CAN); Estados Unidos x Eslováquia, em Chicago (EUA); Austrália x Usbequistão, em Perth (AUS); Holanda x Croácia, em Amsterdã (HOL); e Ucrânia x Bélgica, em Tallinn (BEL).

Federer abre o duelo contra italiano Bolelli

Enquanto 16 países duelam para disputar a elite do tênis em 2015, quatro países iniciam nesta sexta-feira (12) as semifinais do Grupo Mundial da Copa Davis. Liderada por Roger Federer, a Suíça recebe a Itália, enquanto França e República Tcheca duelam em Paris por uma das vagas na final da competição entre nações.

Jogando em casa, com a vantagem de ter escolhido a quadra rápida, e contando com dois tenistas do top 5 do mundo, a Suíça é a grande favorita no confronto contra a Itália. O sorteio, realizado nessa quinta-feira (11), definiu que Federer abrirá o duelo, contra Simone Bolelli, enquanto Stanislas Wawrinka medirá forças contra Fabio Fognini, principal jogador do time italiano.

O vencedor do confronto brigará pelo título contra quem levar a melhor na disputa entre França e República Tcheca. No saibro – piso utilizado no Roland Garros –, os franceses terão Richard Gasquet enfrentando Tomas Berdych e Jo-Wilfried Tsonga enfrentando Lukas Rosol, nesta sexta, no primeiro dia da competição.